Diálogo saudável, equilibrado e profundo da ciência com a fé

Um apontamento sobre a 29 Semana de Estudos Teológicos da UCP – Lisboa «Criação e Evolução – um debate cultural e teológico» A importância da temática, desenvolvida ao mais alto nível pela 29ª Semana de Estudos Teológicos da Universidade Católica Portuguesa, criação e evolução um debate cultural e teológico, prende-se com a capacidade do ser humano se interrogar e interrelacionar consigo mesmo através da percepção que tem do meio que o envolve, suas origens, presente e futuro. Tudo isto o (ser humano) projecta para uma atitude contemplativa perante a dinâmica do universo, ou daquilo que lhe é dado percepcionar, e ir de encontro a uma reflexão que lhe forneça o sentido da existência. A fé cristã oferece a possibilidade do ser humano se relacionar com o seu Deus que se tornou próximo através da sua criação e do Seu filho (Jesus) como acto de doação de amor envolvente. Relacionar-se com Deus é encontrá-lo em tudo e em todos. A reflexão desta semana teve o condão de proporcionar um diálogo saudável, equilibrado e profundo da ciência com a fé, “sem medos”. Como ser humano vi a minha curiosidade sobre esta temática aprofundada. Conhecer melhor o tempo e as suas dinâmicas é conhecer-me melhor. Como “humilde” pensador que tem a ciência para explicar o “como” do universo e a religião/fé para o “porquê” tive a oportunidade de ver acontecer ambas se relacionarem de uma forma complementar, sem conflitos, com os percalços que são próprios neste tipo de debate que caminha à medida que se assumem os limites, potencialidades, dúvidas, certezas, hipóteses, teorias que ilustram esta realidade. Como professor de EMRC acolhi com sensibilidade a delicadeza e complexidade do assunto e o cuidado que merece ao ser tratado a diversas camadas etárias em fase de crescimento e desenvolvimento escolar de acordo com o novo Programa de Educação Moral e Religiosa Católica. Como sacerdote católico fiquei encantado com a beleza das intervenções que mais se relacionaram com textos bíblicos, tendo as mesmas sido de uma sabedoria imensa, de uma profundidade única e de uma pertinência assaz que convida a igreja a ser uma comunidade sempre sensível à sua identidade e missão no meio e no mundo onde está. Pe. José da Encarnação Cabral

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