Dia da mãe: Experiências de maternidade firmadas no amor

Programa 70X7 apresenta testemunhos e realidades diferentes este domingo

Lisboa, 02 mai 2015 (Ecclesia) – No primeiro domingo de maio celebra-se em especifico o “dom da maternidade”, o Dia da Mãe, e a Agência ECCLESIA ouviu o testemunho de três realidades diferentes onde o amor é a resposta para o desdobramento de tarefas.

“A mãe tem um papel único. Não tem nada a ver com a igualdade entre homem e mulher ou direitos da mulher. É a realidade, isso torna ainda mais difícil e exigente para a mulher, conjugar tudo o que ela sente como um pelouro dela própria”, explicou Paula Martinho da Silva.

Jurista há mais de 30 anos, considera as medidas legislativas de incentivo à natalidade um sinal “positivo”, como o trabalho a tempo parcial por 60% do ordenado, mas alerta que precisam caminhar associadas ao desenvolvimento económico e social.

“É excelente, se vivermos numa sociedade em que se ganha bem e onde as pessoas não precisem desses 40% para sobreviver ou para poder ser mãe no sentido de dar o melhor aos seus filhos”, alertou.

A jornalista Begonha Inhíguez testemunhou dias sempre diferentes porque ser correspondente é “não ter horários” e comenta que em Portugal “acontece tudo à tarde” quando as crianças voltam a casa.

“Precisam de ajuda para os trabalhos de casa, o outro precisa de brincar, uma atenção pessoal e mimos, e a mãe é correspondente de uma rádio (Cadena Cope) e de um jornal (a Voz da Galiza)”, explica.

Jornalista há 17 anos contou a “gestão difícil” que tem de fazer para conjugar a profissão que a satisfaz com a atenção pedida por uma criança de três anos e outra de 10 onde “equilíbrio” é a palavra de ordem.

“Quando se chateiam contigo porque querem que estejas com eles. Há muito amor e damo-nos muito amor. Neste momento se eu não tivesse o amor que tenho pelos meus filhos e pelo meu marido, isto não tinha sentido nenhum”, desenvolveu Begonha Inhíguez.

A família Cardoso vive um desafio “gratificante” com seis filhos, cinco em idade escolar.

“É cansativo fisicamente não parar mas é gratificante, sou uma mulher completamente realizada”, explica Célia Cardoso, que faz a gestão da casa e prepara os filhos para irem para a escola.

Vítor Cardoso, o pai, revela que devido à profissão nem sempre pode partilhar todos os momentos com a família mas o tempo livre não é dedicado a mais ninguém.

“O tempo que não estou a trabalhar, estou com a família. O meu hobbie é a família, a mulher, os filhos, não tenho mais passatempo nenhum”, confessou consciente da “importância” da mãe para os filhos.

Célia Cardoso revela que “nunca” pensaram no número de filhos e tem “saudades de ter mais um filho”.

Para Joana Caldeira Cabral o sonho de casar ou ser mãe não faziam parte das opções pessoais até encontrar a pessoa certa e, atualmente, tem duas filhas, a Branca e Teresa.

“É diferente do que se tinha até aqui, sente-se um compromisso diferente de tudo o que se tem. Cuidados perante uma gravidez, sente-se uma fragilidade, foram as duas complicadas, dá um sentido de responsabilidade e cumplicidade com quem ai vem. Nunca senti isso com ninguém”, explicou.

A interlocutora trabalha num ateliê de arquitetura em part-time e observa que ter um horário reduzido “é importantíssimo”.

“Acho que é uma violência chegar muito tarde, já não há tempo para fazer uma serie de coisas. Elas queixam-se «a mãe nunca tem tempo..», o tempo reduziu e no fim compensa sempre”, acrescenta Joana Caldeira Cabral.

Testemunhos sobre a maternidade que podem ser escutados este domingo, no programa «Ecclesia», a partir das 06h00 na Antena 1 da rádio pública, e no programa 70X7, a partir das 11h30, na RTP2.

LS/HM/CB

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