Desemprego aumenta em Portalegre-Castelo Branco

Comissão Diocesana Justiça e Paz diz ainda que há «um maior número de famílias com carências alimentares» A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Portalegre-Castelo Branco revelou a sua preocupação com o aumento do desemprego na área coberta pela Diocese, referindo que “num só ano, as cidades de Abrantes, Castelo Branco, Portalegre e Ponte de Sôr juntas, perderam mais emprego do que aquele que ganharam nos três anos precedentes”. Outro indicador da situação que actualmente se vive é o do número de pessoas que estão a ser apoiadas pelos Bancos Alimentares de Abrantes e Portalegre, nos quais foram apoiadas, respectivamente, 6500 e 4000 pessoas por mês. “Sem se correr o risco de generalização, a conclusão a retirar destes dados não é difícil: em 2008 e nos primeiros meses de 2009, na zona abrangida pela Diocese de Portalegre-Castelo Branco, aumentou significativamente o desemprego e há um maior número de famílias com carências alimentares do que em anos anteriores”, precisa o comunicado enviado à Agência ECCLESIA. O documento assinala que várias instituições, “pertencentes ou não à Igreja, estão, por se situarem mais próximas das pessoas, em melhor posição do que o Estado para prestar auxílio a quem dele precise”. Às empresas, por seu lado, compete fazer “todo o possível para manter os empregos dos seus trabalhadores”. “O aproveitarem-se da crise para efectuarem despedimentos de conveniência é socialmente grave e condenável”, aponta a Comissão. Segundo a organização católica, “parece ter sido uma especulação financeira sem regras em que o lucro a qualquer preço era o lema, com repercussões desastrosas na economia global, que conduziu a este estado em que muitas famílias se vêem atiradas para situações de grande carência”. Como resposta à crise, o comunicado apela a “modificar muitos dos nossos hábitos individuais e familiares, disciplinando o consumo”, a “alterar procedimentos das empresas, visando a racionalização e a criatividade, mas em que a ética seja a realidade sempre presente nas relações que estabelece com os trabalhadores, fornecedores, clientes e Estado” e “revalorizar o nosso tecido agrícola e florestal”. “Talvez essa mesma crise seja a precursora de um tempo de esperança, início de uma nova era com mais justiça social e mais paz”, conclui a mensagem.

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