Descendentes de portugueses no caminho de Santiago

No meio da estrada por onde passam os peregrinos, o caminho assim o indica, está “Os avós”, um pequeno café onde uma simpática senhora recebe os peregrinos. “Os avós – especialidades, vinos, tapas, bocadillos y desayunos” assim indica uma placa na entrada. É um café onde quem passa entra para comprar comida ou para confortar o estômago ali mesmo. Maria dos Anjos dos Santos, aponta para o retrato que está na parede. “É a minha avó que casou com um português”. Aliás Maria dos Anjos vai muitas vezes a Portugal, mesmo em peregrinação a Fátima, “onde já peregrinou diversas vezes”. A Santiago de Compostela também já foi. “Por aqui já passaram muitos peregrinos”, relembra. Ingleses, suíços, até chineses, diz. Talvez por simpatia ainda adianta “os mais simpáticos são os portugueses”. Atarefada enquanto faz uma tortilha para alimentar os peregrinos, vai conversando com a reportagem da Agência ECCLESIA. Tem boas recordações do caminho e dos caminheiros. “Há poucos dias recebi uma carta de um peregrino que por aqui passou”, refere inclusivamente. Mas lamenta que em Arcade, local de passagem obrigatória dos peregrinos a caminho de Santiago, mas também de paragem obrigatória para um mergulho no rio ao pé da ponte Sampaio, “não haja albergues para os acolher”. Este é só local de passagem. “Com tanto apoio que se dá ao caminho, fazia falta aqui um albergue para os peregrinos que ficam doentes ou simplesmente para descansarem”.

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