Defesa da vida deve abarcar causas sociais

O presidente da Comissão Episcopad para a Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais (CECBCCS), D. Manuel Clemente, sublinhou esta quinta-feira a necessidade de tirar consequências “para todo o arco da existência” da mobilização em defesa da vida de pessoas e grupos do nosso país. Em encontro com os jornalistas, promovido por ocasião da Celebração do 41.º Dia Mundial das Comunicações Sociais (20 de Maio de 2007), o Bispo do Porto apontou a “vitalidade da Igreja na mobilização social”, visível nas muitas respostas “dadas no terreno”. Sobre o debate em volta do recente referendo para o aborto, para cuja “elevação a Igreja contribuiu”. o presidente da CECBCCS considera que esse momento “foi algo que a sociedade portuguesa não vivia há décadas”. Apesar da vitória do Sim, D. Manuel Clemente lembra que mais 200 mil pessoas votaram no Não e que “há um ganho para o futuro”. Para o Bispo do Porto, no referendo de Fevereiro a maioria das pessoas não respondeu ao problema da salvaguarda da vida humana, mas sim à questão sobre “o tratamento a dar às mulheres que praticaram um aborto”. D. Carlos Azevedo, Secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, admitiu que “falta mobilização” dos católicos para uma série de valores “mais na ordem da esquerda” e que a Igreja precisa de uma “linguagem nova” para fazer passar os seus valores. “Nasce-se religioso, não se nasce cristão”, defendeu, ao falar da necessidade de “um grande esforço de formação”.

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