Dança animou os africanos de Lisboa

Na festa crioula promovida pelo Departamento da Mobilidade Humana do Patriarcado de Lisboa A cultura e os ritmos africanos estiveram em destaque neste domingo (18 de Fevereiro) na Festa Crioula promovida pelo Departamento da Mobilidade Humana do Patriarcado de Lisboa. A Paróquia da Buraca, Amadora, acolheu as várias centenas de africanos da comunidade lusófona. “Começamos com uma Eucaristia e, de tarde, tivemos sessões culturais onde os vários grupos dançaram, cantaram e contaram histórias” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Gaudêncio Sangando, da Comunidade dos Países Africanos de língua oficial portuguesa. E avança: “foi ambiente festivo”. A adesão “foi muito boa” porque “as pessoas precisam destes momentos para se encontrarem e recordarem os tempos passados”. Actividades “fortes” e baseadas na dança tradicional. A vivência do ritmo musical – com destaque para o batuque – domina a “nossa cultura” – disse o Pe. Gaudêncio Sangando. E acrescenta: “nesta dança, as senhoras exprimem os momentos principais da vida diária”. Na região de Lisboa, a comunidade africana tem uma forte expressão. “Uma miscelânea de culturas” mas “com elo de unidade” – sublinhou. A comunidade africana é constituída por nativos daqueles países lusófonos e elementos que nasceram em Portugal. “Estavam lá muito jovens que nasceram cá e que vivem a cultura africana” – confidenciou. E acrescenta: “os jovens conseguem salvaguardar estes elementos culturais”. Estes encontros são vistos como uma mais valia, pois “estando num país diferente é muito importante não esquecer a cultura de raiz”, afirma o padre que acompanha a comunidade africana em Portugal. “Afinal todos fazemos parte de uma Igreja universal e é bom caminharmos juntos” -sublinha. Sendo capelão da comunidade africana, O Pe.Gaudêncio realça que os africanos vêm para Portugal “para terem melhores oportunidades de vida”. A integração nem sempre é fácil mas “com o tempo vamos lá” – afirma. Com a ajuda dos familiares é “mais fácil porque nós ajudamo-nos uns aos outros” – concluiu.

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