D. José Traquina: De furriel miliciano em Santarém a terceiro bispo diocesano

«Venho para servir, sinto alegria», disse na Missa de apresentação na Diocese

Santarém, 27 nov 2017 (Ecclesia) – D. José Traquina afirmou na Missa de entrada na Diocese de Santarém que “era impossível imaginar” que seria o terceiro bispo diocesano e recordou os anos de serviço militar na cidade onde está “para servir”.

“Venho para servir, sinto alegria, mas não vaidade. Não me sinto superior a ninguém pela experiência feliz da vida vivida à luz da fé”, disse este domingo o bispo de Santarém na alocução final da Missa de entrada na diocese.

D. José Traquina recordou os anos em que esteve em Santarém para cumprir o serviço militar, em 1975 e 76, os contactos com sacerdotes locais e um convite para ser padre da Diocese de Santarém quando decidiu entrar no seminário, em 1976.

“Era impossível imaginar, quando era furriel miliciano, o percurso de vida na fé que agora me traz de volta a Santarém, como terceiro bispo da diocese”, referiu.

O bispo de Santarém agradeceu à diocese o acolhimento e disse que quer fazer das “fragilidades” “oportunidade para crescer e amadurecer”, na certeza de que “pôr em prática as páginas do Evangelho é realmente construir a casa sobre rocha firme”.

Na saudação ao novo bispo, o vigário-geral da Diocese de Santarém manifestou “a estima e a disponibilidade” dos sacerdotes e diáconos para cooperarem “no serviço à comunidade a que foi chamado a presidir, como mestre da doutrina, sacerdote do culto sagrado e ministro do governo”

“Temos esperança que nos ajude a fomentar a cultura do encontro, como tantas vezes refere o Santo Padre, o Papa Francisco, a cuidar do serviço da caridade como uma dimensão constitutiva da missão da Igreja e expressão irrenunciável da sua própria essência, a ser uma Igreja que pratica a diakonia da caridade a nível comunitário, nas pequenas comunidades locais, abrindo-se à Igreja universal e ao cuidado com a “casa comum”, com empenho de todos os fiéis e dos homens e mulheres de boa vontade”, afirmou o padre Aníbal Vieira.

No início do “ministério apostólico nas terras do Ribatejo” de D. José Traquina, o vigário-geral da diocese pediu também ao novo bispo a “sabedoria e experiência para despertar e provocar o encontro dos jovens com Cristo de modo que, escutando o chamamento que Deus lhes faz, possam responder com fidelidade à sua vocação, dar o seu sim como Nossa Senhora”.

D. José Traquina presidiu este domingo à Missa de Entrada Solene na Diocese de Santarém após ter tomado posse como bispo diocesano, no sábado.

D. José Augusto Traquina Maria, de 63 anos, nasceu a 21 de janeiro de 1954 em Évora de Alcobaça, (Distrito de Leiria, Patriarcado de Lisboa), e foi ordenado padre a 30 de junho de 1985; a 17 de abril de 2014 foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa, pelo Papa Francisco, e ordenado bispo a 1 de junho desse mesmo ano, numa celebração presidida pelo cardeal-patriarca, D. Manuel Clemente.

A diocese escalabitana tem cerca de 3 mil quilómetros quadrados, e abrange 13 dos 21 concelhos do distrito, num total de 7 vigararias e 113 paróquias.

A diocese foi criada a 16 de julho de 1975, pela Bula ‘Apostolicae Sedis Consuetudinem’ do Papa Paulo VI, que, no mesmo dia, nomeou como primeiro bispo D. António Francisco Marques, falecido em 28 de agosto de 1997, sucedendo-lhe D. Manuel Pelino, bispo de Santarém nos últimos 19 anos.

PR

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