Crise: Repartir os sacrifícios de forma equitativa

Presidente da Cáritas Portuguesa revela que as medidas anunciadas vão agravar ainda mais a situação socioeconómica da sociedade.

Lisboa, 12 set 2012 (Ecclesia) – O presidente da Cáritas Portuguesa considera que as medidas de austeridade anunciadas pelo ministro das Finanças “vão agravar a já tão precária” situação socioeconómica da sociedade portuguesa e “não irão atingir o objetivo da criação de mais emprego”.

Eugénio da Fonseca sublinha à Agência ECCLESIA que seria um “ato de grande nobreza por parte do governo” se ponderasse as medidas divulgadas.

O presidente da Cáritas Portuguesa aconselha o governo “a rever as medidas” porque “está provado que os sacrifícios não estão a ser repartidos de forma equitativa”.

A austeridade “está assente” em medidas “injustas” que pode deixar consequências “irreparáveis para o futuro”, lamenta Eugénio da Fonseca.

Para o presidente da Cáritas Portuguesa é “urgente que apareçam sinais que acalentem a esperança das pessoas”, no entanto esses sinais “não devem ser palavras bonitas, mas medidas efetivas de investimento”.

O alargamento do prazo para o cumprimento do memorando da troika é motivo de regozijo para o presidente da Cáritas Portuguesa, mas este “deve ser para suavizar as medidas de austeridade”.

Com o aumento da pobreza, o organismo dirigido por Eugénio da Fonseca terá mais solicitações de ajuda, no entanto o responsável revela que “não têm mais capacidade de resposta” para os pedidos.

Perante esta situação, Eugénio da Fonseca reitera um pedido já feito: “No próximo Orçamento de Estado deve estar previsto uma parte que sirva de almofada para a resposta imediata às necessidades das pessoas”.

“Não é apenas com políticas de corte que se galvanizam as pessoas para a recuperação do país”, afirma.

LFS

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