Crise: LOC/MTC pede «trabalho digno»

Movimento de Trabalhadores Cristãos critica falta de apoio aos desempregados e pensionistas

Aveiro, 20 jan 2014 (Ecclesia) – A equipa nacional da LOC/MTC – Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos – reforçou hoje os seus apelos em favor de um “trabalho digno, justamente remunerado”, criticando a falta de apoio do Estado aos desempregados e pensionistas.

“Os trabalhadores estão cada vez mais pobres, esmagados e sem condições de vida digna, sujeitos a grande pressão nos seus locais de trabalho pelas condições que lhe são impostas e sentem-se desmotivados, deprimidos e impelidos a aceitar, muitas vezes, situações que vão contra à sua dignidade”, denuncia a organização, em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.

O documento critica a falta de apoio ao desemprego, “onde se encontra mais de um milhão de trabalhadores” em Portugal, “cada vez mais, reduzido e humilhante”, deixando muitas pessoas “sem condições de vida digna”.

Os responsáveis do movimento mostram-se solidários com as “angústias e as esperanças destes tempos tão difíceis”, fruto de situações de “injustiça laboral e social a nível local, nacional e internacional”.

“Por não encontrarem trabalho nem condições de poderem viver com dignidade no nosso país, muitos, principalmente os mais novos, estão a recorrer à emigração, procurando noutros países o que não encontram em Portugal”, sublinha a LOC/MTC.

A Liga Operária Católica afirma, por outro lado, que os pensionistas, “que trabalharam e descontaram toda a sua vida, numa base de confiança”, estão a ser “espoliados de parte das suas pensões, colocando e mantendo muitos abaixo dos níveis de pobreza”.

O comunicado aponta a “recessão económica e o ataque generalizado e rápido ao Estado Social” como consequência de políticas “impulsionadas pelo mercado financeiro”.

“O trabalho digno, justamente remunerado, é pilar fundamental do progresso, centrado no homem e na mulher, que prioriza a justiça social, a distribuição da riqueza e respeita a sustentabilidade dos recursos naturais”, concluiu a equipa nacional da LOC/MTC, que esteve reunida este sábado em Aveiro.

OC

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