Crise: JOC une-se a greve geral

Lisboa, 21 nov 2011 (Ecclesia) – A JOC – Juventude Operária Católica – manifestou hoje o seu apoio à greve geral convocada para quinta-feira, em solidariedade “com esta e outras formas de defesa de um trabalho digno”.

“Convictos de que é possível um desenvolvimento económico e social centrado na pessoa, neste momento particular em que foi convocada uma greve geral para o dia 24 de novembro, a JOC coloca-se, mais uma vez, ao lado dos trabalhadores”, indica o comunicado da JOC, enviado à Agência ECCLESIA.

A presidente nacional do movimento, Elisabete Silva, mostra-se “bastante preocupada com a atual, grave e complexa conjuntura socioeconómica”.

“O desemprego aumenta a cada dia que passa, colocando inúmeras famílias em situações de pobreza extrema, e poucas ou nenhumas medidas têm sido tomadas para inverter esta realidade”, pode ler-se.

Os responsáveis da JOC afirmam que Orçamento de Estado para 2012, recentemente aprovado na generalidade, “vem ampliar o fosso entre ricos e pobres, gerando um forte sentimento de revolta pela injusta e desigual distribuição dos sacrifícios exigidos”.

“Os impostos sobem para todos, mas as grandes fortunas e os grandes capitais, provenientes da especulação, continuam isentos ou pelo menos a não dar o contributo que seria justo”, apontam.

O movimento católico observa, por outro lado, que “enquanto uns desesperam no desemprego, outros enfrentam o aumento das horas de trabalho, vendo assim reduzido o tempo para si, para a família, para o lazer”.

“Estamos, pois, perante uma completa inversão de princípios fundamentais: não são as pessoas que devem servir a economia, mas a economia as pessoas, pois foi com este fim que foi criada”, assinala.

A nota da JOC critica ainda a “redução dos serviços de transportes públicos”, estimando que a mesma venha a ter “um impacto muito negativo nas famílias, degradando cada vez mais a dignidade dos trabalhadores” e que “o exagerado aumento dos seus custos” crie “ainda mais pobreza, mesmo àqueles que ainda têm emprego”.

“É importante que neste momento, façamos da luta de uns a luta de todos”, conclui o comunicado.

A JOC surgiu na Bélgica, em 1925, por iniciativa do padre Joseph Cardijn, e chegou a Portugal 10 anos depois, assumido como missão “a libertação dos jovens trabalhadores”.

OC

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