Crise: Caritas espera que medidas de austeridade não afetem «Estado Social»

«Há gastos que não podem ser equacionados sob pena de violar o respeito pelos direitos humanos» disse hoje o presidente Eugénio da Fonseca

Lisboa, 03 mai 2011 (Ecclesia) – O presidente da Caritas defendeu hoje a “permanência do Estado Social”, sejam quais forem as medidas de austeridade que venham a ser adotadas, na sequência do pedido de ajuda financeira externa.

“É preciso estar muito atento para que não haja apenas uma preocupação de controlar gastos” sublinhou Eugénio da Fonseca, em declarações à agência Lusa.

Para aquele responsável, “há gastos que não podem ser equacionados sob pena de se estar a violar o respeito pelos direitos humanos”.

Estas declarações foram prestadas à saída de uma reunião com o líder do CDS-PP, Paulo Portas, em Lisboa.

Portas manifestou-se confiante de que “ há de ser possível proteger os idosos mais pobres cujas pensões tinham sido erradamente congeladas no chamado PEC 4″.

Apontou ainda o desemprego dos mais jovens e de longa duração, as dificuldades no acesso à habitação e ao ensino como alguns dos principais problemas do país.

Em virtude desta conjuntura, realçou que o Estado deverá “ter a humildade” de delegar competências junto das instituições sociais que estão a trabalhar no terreno.

JCP

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