Igreja: Antigo presidente da Conferência Episcopal considera que a idade do sucessor não é problema

D. Jorge Ortiga elogia «conhecimentos» e «prudência» de D. José Policarpo, sublinhando a sua experiência

Fátima, Santarém, 03 mai 2011 (Ecclesia) – O anterior presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, sublinhou hoje a “experiência e ciência” do seu sucessor, D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, escolhido esta manhã para presidir àquele organismo da Igreja Católica.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o arcebispo primaz de Braga acentuou os “conhecimentos” e a “prudência” do novo presidente, eleito durante a 177.ª assembleia plenária da CEP, que decorre até quinta-feira em Fátima, 130 km a norte de Lisboa.

O arcebispo de Évora, D. José Alves, acredita que a escolha “foi uma boa solução” e recorda que José Policarpo foi presidente da Conferência Episcopal durante dois mandatos.

“Só teremos a beneficiar da sua competência”, afirmou o prelado que durante os seis anos como bispo auxiliar de Lisboa contactou de perto com o cardeal-patriarca, a quem qualificou de “homem de Igreja, cultura e pensamento”.

O bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, eleito pela primeira vez para o Conselho Permanente da CEP, diz ter ficado “contente” com a escolha e elogiou a “lucidez” do novo presidente, prelado “sábio” e possuidor de “uma visão muito ampla, não só da Igreja em Portugal mas também dos problemas internacionais”.

Jorge Ortiga considera que a idade de José Policarpo – completou o 75.º aniversário em fevereiro – não significa que o seu mandato seja de transição: “Em princípio são três anos que tem diante de si”, afirmou o prelado, referindo-se à duração canonicamente estabelecida para o cargo de presidente da CEP.

O cardeal-patriarca “é uma pessoa cheia de vitalidade e boa saúde”, salientou o arcebispo primaz de Braga, acrescentando que “há pessoas com 90 anos com capacidade para estar à frente de muitas coisas”.

O presidente cessante recordou que “todo e qualquer bispo diocesano tem a capacidade de ser eleito” e assinalou que a “proximidade” do cardeal-patriarca a Lisboa “facilita imenso o trabalho”.

O bispo das Forças Armadas e Segurança, D. Januário Torgal, destacou que a diversidade de perspetivas dos prelados foi ultrapassada durante a eleição: “As diferenças entre nós convergiram”.

“A grande nota desta reunião como expressão de bispos pertencentes ao colégio apostólico é que temos que acreditar na colegialidade, temos que acreditar na democracia”, realçou.

RM

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top