Covid-19: Papa cria fundo solidário para trabalhadores de Roma

Dificuldades económicas provocadas pela pandemia preocupam o Vaticano

Janela Roma
Foto: Agência ECCLESIA/OC

Cidade do Vaticano, 09 jun 2020 (Ecclesia) – O Papa criou um fundo solidário para ajudar os trabalhadores da Diocese de Roma que se encontram em dificuldades, na sequência do impacto da pandemia de Covid-19, informou hoje o Vaticano.

A iniciativa arranca com o montante de 1 milhão de euros, acompanhada por um convite de Francisco a criar uma “aliança por Roma”, face ao impacto da crise.

O fundo ‘Jesus Divino Trabalhador’ procura responder ao aumento de pedidos de ajuda, sublinhado na carta que anuncia a criação deste instrumento solidária, enviada através do vigário do Papa para Roma, o cardeal Angelo De Donatis.

A ajuda vai ser distribuída, numa fase inicial, pela Cáritas Diocesana e dirige-se sobretudo aos trabalhadores precários e desempregados, pequenos empresários e trabalhadores por conta própria, a quem começa a faltar “o mínimo necessário”.

Francisco saúda o “aumento dos donativos”, nesta fase, e as várias manifestações de solidariedade para com quem está na linha da frente do combate à Covid-19.

O Papa desafia os membros do clero a serem “os primeiros a contribuir para o fundo” e a promover a partilha dos recursos económicos, nas suas comunidades, sublinhando que, neste momento, “não basta partilhar apenas o supérfluo”.

O Vaticano informou ainda que o Papa destinou, através da Nunciatura Apostólica no Brasil, um apoio financeiro para as comunidades ribeirinhas no oeste do Pará, que permitiu a distribuição de cabazes de alimentos e kits de higiene, distribuídos por um navio-hospital.

 

O impacto económico e social da pandemia foi discutido esta manhã, num encontro entre os jornalistas dos vários media do Vaticano e membros da chamada ‘Comissão Covid-19’, criada pelo Papa.

O cardeal Peter Turkson, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, destacou a importância de “preparar o futuro” pós-pandemia, com iniciativas que permitam integrar o ser humano “em toda a sua dignidade.

O colaborador sublinhou que o mundo se move a várias velocidades, mas enfrenta um desafio que só se supera com a ajuda de todos.

“Enquanto houver um paciente de Covid-19, seja onde for, a possibilidade de infetar outros é real”, indicou.

Aloysius John, secretário-geral da Cáritas Internacional, referiu, por sua vez, a necessidade de implementar ações que ajudem todas as populações e promovam a harmonia entre as várias comunidades religiosas.

O responsável indicou que, nos vários países onde a Cáritas está a desenvolver projetos de resposta à pandemia, as prioridades são a “alimentação, higiene e informação”.

OC

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