Covid-19: Madeira já vive regresso das celebrações comunitárias, mas o medo ainda afasta algumas pessoas

Missas com a participação de fiéis voltam a 18 de maio, em sete ilhas açorianas, e a 30 de maio nas outras dioceses

Lisboa, 13 mai 2020 (Ecclesia) – As paróquias da Diocese do Funchal puderam regressar este sábado à celebração da Missa com fiéis, seguindo as decisões das autoridades regionais, antecipando as normas e atitudes que se vão repetir em todo o país.

“Já temos oportunidade de abrir as igrejas e celebrar comunitariamente com as regras que nos impõem o distanciamento, a higiene, e o respeito pelas regras de saúde”, assinalou hoje o pároco do Caniço e das Eiras, no Arquipélago da Madeira.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o cónego Rui Pontes afirma que muitas pessoas “ansiavam por uma abertura, pela proximidade à comunidade”, mas este regresso das celebrações comunitárias da Eucaristia está a “ser faseado”.

“Nem todas as pessoas participam, por uma questão de receio, de medo, de inquietação que este vírus trouxe à sociedade”, explicou o sacerdote, falando sobre a pandemia de Covid-19 que, a 13 de março, levou a Conferência Episcopal Portuguesa a suspender as celebrações comunitárias.

Segundo o cónego Rui Pontes, pároco do Caniço e das Eiras, os fiéis “estão a ver, a observar o que tem sido feito” e depois haverá essa retoma, face à necessidade de “conviver com tudo o que é novo”.

O bispo de Funchal anunciou que as celebrações comunitárias regressavam a 9 de maio, com a publicação de normas para a participação na Missa e para visita às igrejas “para a oração pessoal”.

As Eucaristias com a participação de fiéis voltam a 18 de maio em sete ilhas açorianas e a 30 de maio em todas as outras dioceses portuguesas.

No Algarve, o responsável pelas Paróquias de Ferreiras, de Boliqueime e de Paderne fala de comunidades “muito vivas, com uma vida paroquial intensa” e diz que o “corte quase brutal” de 13 de março centrou “todos no essencial” ,que passava pelo que já faziam mas “muitas vezes se calhar não era valorizado”.

“A vida comunitária, apesar de virtualmente, continua a acontecer de forma muito interessante”, destacou o padre Pedro Manuel à Agência ECCLESIA.

O sacerdote explica que, com os párocos de Albufeira (Algarve) e de Ourique, na Diocese de Beja, dinamiza uma “paróquia virtual” onde têm um programa diário de celebrações.

A atual situação “ajudou a reinventar os trabalhos pastorais”, como as catequeses de adultos e de crianças, “usando a plataforma Zoom”; os materiais para a catequese, “disponibilizados pelo do Secretariado Nacional da Educação Cristã”; e as reuniões que têm realizado “com alguns movimentos como o Corpo Nacional de Escutas”.

“Apesar de tudo ser muito bom para manter acesa e viva a chama da fé e a força da pastoral desejamos muito a vida comunitária e as pessoas dizem: ‘Temos saudades de ir à Eucaristia, de estar na comunidade, de estar frente a frente’”, acrescentou o padre Pedro Manuel.

Neste contexto, o pároco das Paróquias de Ferreiras, de Boliqueime e de Paderne adiantou que no regresso da celebração comunitária das Eucaristias vão celebrar “mais uma Missa dominical nas três paróquias para chegar a muitos”, mesmo não chegando a todos.

CB/OC

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