Covid-19: Centenas de crianças e adolescentes retomam a catequese em Peniche

Alunos aderem também à Educação Moral e Religiosa Católica

Foto EDUCRIS – Alunos de EMRC de Peniche

Peniche, 02 Nov 2020 (Ecclesia) – Em Peniche (Patriarcado de Lisboa) “mais de duzentas crianças e adolescentes” retomaram a catequese paroquial no meio de “alguns medos e ainda longe da participação antes do Covid-19”.

Na Paróquia de São Pedro, em Peniche, a pandemia trouxe “novos desafios” à educação cristã, mas estão “a conseguir ultrapassar as primeiras dúvidas”.

“Temos uma redução substancial, na catequese, mas já conseguimos reunir todos os grupos e iniciámos a catequese presencial, explica ao EDUCRIS o padre Diogo Correia, do Patriarcado de Lisboa.

Para o sacerdote responsável pela comunidade paroquial “o grande desafio passa pela confiança das famílias à catequese paroquial com todas as medidas que temos vindo a realizar”.

Há quase seis décadas como catequista na comunidade, Maria de Lourdes diz que “existem diferenças entre o antigamente e o hoje,” mas não descansa e afirma que gostaria de ver “ainda maiores diferenças”.

Antigamente “a catequese exista para transmitir fórmulas”, hoje percebe-se “que o mais importante  é ajudar a fazer a coerência entre a fé e a vida”.

Num período para o qual “ninguém estava preparado”, a catequista aproveita para “agradecer a ajuda do Secretariado Nacional da Educação Cristã com o Catequese em nossa Casa” pois “foi um ponto de ligação importante para pais, catequistas e crianças”.

“Precisamos de mais formação na área do digital” porque a pandemia trouxe “a convicção de que sem os pais não existe transmissão da fé”, afirmou.

Ao nível de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), as aulas na Escola Secundária daquela localidade são quase “uma instituição”.

“Os alunos que nos chegam já tiveram a disciplina, na sua grande maioria, durante os ciclos anteriores e isso permite que o secundário seja uma espécie de ‘colocar as mãos à obra’ a partir dos valores apreendidos, dos dons de cada um, para os colocar ao serviço dos outros”, afirma o professor Gonçalo Domingos.

Voluntariado na região, peregrinações, voluntariado no estrangeiro, são apenas alguns dos desafios que os professores criam aos mais novos e eles respondem “chamando-se uns aos outros para esta opção que é a EMRC”.

Para a professora Ana Cristina Marques o “distanciamento” levou a uma recriação.

Numa escola marcada pelo voluntariado, a docente afirma que o segredo passa por entregar as decisões aos alunos porque “tem a capacidade de se recriar”.

“Mesmo com o covid-19, os alunos entendem o que a EMRC é importante na vida e predispõem-se a fazer este percurso com a EMRC em vários domínios do ser pessoa”, conclui Gonçalo Domingos.

LFS

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