Organização católica apoia 451 famílias, sobretudo na alimentação e pagamento de rendas
Portimão, 03 Mar 2021 (Ecclesia) – A presidente da Cáritas Paroquial de Portimão, na Diocese do Algarve, disse à Agência ECCLESIA que o número de pedidos de ajuda “aumentou cerca de 140%” por causa da crise social e económica provocada pela pandemia.
“Em fevereiro de 2020 estávamos a apoiar 187 famílias; neste momento, estamos a apoiar 451 famílias”, realçou Maria Manuela Santos, falando situação “muito complicada”.
Naquela cidade algarvia, a maioria das famílias tinha a sua vida organizada, mas com a pandemia “muitas delas ficaram sem rendimentos nenhuns”, frisou a responsável deste organismo.
Maria Manuela Santos agradeceu o apoio dos paroquianos, que “têm ajudado muito, tanto em géneros como em donativos”.
“O município e as juntas de freguesia também têm ajudado”, acrescentou.
No ano de 2019, a instituição católica de solidariedade e ação humanitária distribuiu “144 toneladas de alimentos” e no ano seguinte doou “205 toneladas de alimentos”.
A Cáritas Paroquial da matriz de Portimão funciona com voluntários e, apesar das contingências provocadas pela pandemia, “ninguém baixou os braços”.
Todas as semanas, a instituição atende em média “30 famílias novas” e a maioria dos pedidos tem a ver com a alimentação, além de “muitas famílias com dificuldades em pagar as rendas”.
De segunda a sexta-feira, aquela cáritas paroquial fornece também “almoço e jantar” a 30 pessoas no seu refeitório social.
A Cáritas Portuguesa está a celebrar, desde este domingo até 7 de março, a sua semana nacional, este ano com atenção reforçada aos efeitos da pandemia e um peditório online, destinado às respostas solidárias da organização católica.
A iniciativa assinala, em 2021, os 65 anos da organização católica, com o tema ‘Cáritas, o amor que transforma’.
A Semana Nacional Cáritas vai decorrer sem o tradicional peditório público, que leva mais de 4 mil voluntários às ruas do país.
“Em 2020 e em 2021 não é possível realizar este peditório, que permite reforçar a nossa ação junto dos mais vulneráveis”, assinala a organização católica, que apoia, em média, cerca de 100 mil pessoas por ano.
Face à ausência de uma das principais fontes de angariação das 20 Cáritas Diocesanas que compõem a rede nacional, foi lançado um peditório online.
Maria Manuela Santos sublinha que “todas as ajudas são boas”.
“Tenham um bocadinho de coração para que se possa ir a bom porto”, apela.
PR/LFS