Covid-19: Bispo de Vila Real pede responsabilidade, paciência e entreajuda no novo ano pastoral

D. António Augusto Azevedo destaca impacto da pandemia nas comunidades locais

Foto: Agência ECCLESIA. Interior da Sé de Vila Real

Vila Real, 23 set 2020 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real referiu que o novo ano pastoral vai “exigir” “uma fé mais forte, oração mais intensa e uma solidariedade mais efetiva”, alertando que a pandemia vai condicionar “a vida pessoal, familiar, social e das comunidades cristãs”.

“Importa tomar consciência que os próximos tempos não serão fáceis e vão requerer de todos, a começar pelos cristãos, uma grande dose de responsabilidade no cumprimento das regras, de paciência para não ceder ao cansaço ou facilitismo e um grande espírito de comunhão e entreajuda”, escreveu D. António Augusto Azevedo numa mensagem para o novo ano pastoral 2020/2021.

No documento enviado hoje à Agência ECCLESIA, o bispo de Vila Real explica que “a sombra da pandemia” ainda se faz sentir e vai condicionar “o desenrolar da vida pessoal, familiar, social e das comunidades cristãs”.

Para a defesa da saúde de todos, o responsável católico considera “imperioso” respeitar as normas das autoridades civis, as orientações da Conferência Episcopal e “as determinações diocesanas” em relação à Covid-19.

“Na vida pastoral das paróquias, dos movimentos e associações, evitem-se as aglomerações de pessoas”, pede D. António Augusto Azevedo.

Neste contexto, a nota pastoral adianta que a organização da catequese da infância e adolescência “deve atender às orientações” do Secretariado Nacional de Educação Cristã, com os grupos “adequados à dimensão dos espaços”, cumprindo as regras básicas, para poder funcionar de forma presencial “em alternância ou conjugação com encontros online” e com “um maior envolvimento das famílias”.

O bispo de Vila Real informa também que as visitas pastorais, com celebrações do Crisma, “permanecem adiadas”, adiantando o agendamento de “um tipo de visita às várias zonas da diocese, mais pessoal, simples e informal”.

D. António Augusto Azevedo recomenda que “em cada paróquia se preparem espaços apropriados e se estabeleçam tempos” para o sacramento da Reconciliação.

No contexto da pandemia, o bispo dedica uma “especial preocupação” aos idosos nos lares e enaltece “o trabalho dedicado e corajoso das equipas técnicas e dos colaboradores destas instituições”.

A mensagem reforça o alerta para as “graves consequências no plano económico e social” da pandemia, com o número crescente de “pessoas desempregadas, de famílias carenciadas, de empresas e instituições em dificuldades” e pede atenção e união de esforços.

Foto: António Carvalho

O bispo de Vila Real convidou também “os cristãos a uma maior partilha de bens nas suas comunidades, para que não faltem os meios necessários para que cada paróquia seja sustentável e também para repartir pelos mais pobres”.

“Este ano pastoral vai exigir de todos na Diocese de Vila Real, uma fé mais forte, uma oração mais intensa e uma solidariedade mais efetiva”, assinala D. António Augusto Azevedo, que lembra na mensagem o início de um “triénio que assinala o centenário da diocese” a ‘aprofundar as raízes’.

CB/OC

«- Apelo a todas as famílias da diocese a que se mantenham unidas no amor e na paz, conscientes do grande tesouro que representam;

– Às crianças, adolescentes e jovens envio uma saudação pessoal acompanhada do desejo de que encarem o novo ano como oportunidade para crescerem como pessoas, dando mais valor às coisas de que sentiram mais falta, nomeadamente a escola, os amigos, o ar livre;

– A todos os educadores, pais, professores, catequistas auguro que, ao iniciar um ano tão atípico, não esmoreçam na paixão pela missão de educar;

– Aos mais idosos ou doentes peço que não percam a esperança de que a vida trará ainda dias bonitos e nunca deixem de acreditar que estão sempre no nosso pensamento e no nosso coração.

– Aos responsáveis das empresas, instituições e coletividades, aos decisores políticos locais e nacionais apelo a que, neste contexto tão exigente, nunca deixem de procurar o bem comum, no respeito pela dignidade e direitos da pessoa humana»

D. António Augusto Azevedo, bispo de Vila Real

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