Igreja: Diocese de Vila Real vai celebrar 100 anos e quer «crescer com raízes» (c/vídeo)

«Importa-nos valorizar as raízes, o tronco, para depois os frutos podermos colher alguns» – D. António Augusto Azevedo

Vila Real, 27 ago 2020 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real disse que a celebração dos 100 anos da diocese vai englobar o próximo triénio com o lema geral ‘Crescer com raízes’, “sendo o ponto alto 2022”, e querem “uma comemoração aberta a todos”.

“Este ano vamos dar um enfoque à questão das raízes, das memórias. Sem ser voltado para o passado é uma redescoberta ou revalorização dessas memórias que têm a ver com memórias de pessoas, de acontecimentos, de um caminho feito, seja a nível das comunidades, da diocese, das instituições que dela fazem parte”, explicou D. António Augusto Azevedo.

‘Crescer com raízes’ é o lema geral do centenário e no Programa ECCLESIA, transmitido hoje na RTP2, o bispo de Vila Real contextualizou que a diocese ai viver um “ano preparatório”, em 2020/2021, “depois o ano da celebração” do centenário, em 2022, “um ano jubilar” onde vão abrir uma Porta Santa na Sé, com o tema ‘Permanecer unidos a Cristo’, e o último ano do triénio, em 2022/2023 “também será de continuidade” para ‘Frutificar com alegria’.

“Os frutos também têm um processo: Primeiro começam a nascer e depois amadurecem, outra questão é depois colher os frutos. A nós importa-nos valorizar as raízes, o tronco, para depois podermos colher alguns, ou ver alguns, mas o futuro dirá que frutos serão”, assinalou D. António Augusto Azevedo.

A árvore é o símbolo central deste centenário e o bispo de Vila Real destaca que “é dos mais ricos que o cristianismo tem” e pertence à “realidade concreta e à experiência do povo” desta diocese, “muito ligada ao campo”.

“A vida das pessoas aqui tem muito esta marca da árvore. É uma associação e uma simbólica muito sugestiva e muito fácil de captar e permite-nos esta sucessão, gradualidade, de um ano valorizamos as raízes, no ano seguinte, que será do jubileu, valorizar a dimensão de um tronco que se estabelece, que cresce, e no qual estão enxertados todos os ramos”, desenvolveu.

D. António Augusto Azevedo destaca também “uma alusão à própria mensagem” do Papa Francisco sobre os jovens que “tem sublinhado muito” a ideia que “só se pode crescer com raízes”, e é também essa mensagem que querem transmitir.

“Temos de dar ainda mais atenção aos jovens. Eles ainda beberam alguma desta cultura, ainda valorizam muito a paisagem e as riquezas culturais, as memórias familiares e das terras: Queremos que eles sejam nas comemorações deste centenário uma prioridade, não só a fazer propostas, a participar nos eventos, sejam membros ativos”, desenvolveu.

O bispo diocesano assinala que também os emigrantes vão começar a ser motivados e acompanhados para centenário e que, “mesmo estando longe e, este ano vindo menos, não vão ficar menos informados e sintonizados com o que se passa na sua terra”.

“Os emigrantes neste período de pandemia foram dos mais ativos nas redes sociais e outras formas de transmissão que fizemos e muitas paróquias fizeram”, realça.

A Diocese de Vila Real está a “trabalhar” num programa celebrativo e comemorativo com atividades socioculturais, como encontros, exposições, concertos, “e algum tipo de iniciativas que envolvam a sociedade”.

“Não queremos, não desejamos uma comemoração apenas interna à Igreja, queremos uma comemoração aberta a todos, em diálogo com outros protagonistas, com outras instituições da cidade e do conjunto da diocese”, afirmou no Programa ECCLESIA, transmitido hoje na RTP2.

Para D. António Augusto Azevedo, o centenário da Diocese de Vila Real “ajudará” a quem vive neste território “a sentirem mais a sua diocese, a lógica diocesana da Igreja”, mas também os que “partiram e vivem noutras partes do país” e noutros países.

LFS/CB

 

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