Corpo de Deus: Bispo do Porto lamenta «forte desvalorização» do apreço pela Missa do domingo

“Temos de os ajudar a regressar” pediu D. Manuel Linda

Foto Rui Saraiva

Porto, 03 jun 2021 (Ecclesia) – O Bispo do Porto, D. Manuel Linda, disse, esta manhã, na homilia da Solenidade do Corpo de Deus que se assiste “à forte desvalorização” do apreço pela missa do domingo.

“É, pois, com profunda angústia que se assiste à forte desvalorização do apreço pela Missa do Domingo”, referiu na Sé do Porto, D. Manuel Linda.

Esta realidade já acontecia “antes da pandemia” e o Bispo do Porto sublinha que “ao deixar-se a missa, deixam-se as outras dimensões religiosas católicas: a fé, o estilo de vida crente e a pertença à comunidade ou Igreja”.

Se este estado de coisas “já era preocupante antes do confinamento”, agora não sabe como vão reagir “muitos dos praticantes”.

Foto Rui Saraiva

“Temos de os ajudar a regressar”, apelou o Bispo do Porto.

A Igreja considera a Eucaristia como “centro e cume de toda a vida cristã”, a ponto de, na prática, a identificar com a própria condição cristã: “ser crente é ir à Missa; não a frequentar é não ter fé ou tê-la de forma ténue e adormecida”

Os cristãos são chamados à “receção de diversos sacramentos”, a alimentarem-se com a palavra de Deus, “ao fortalecimento contínuo da fé e ao exercício da caridade”.

A Solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo começou a ser celebrada há mais de sete séculos, em 1246, na cidade de Liège, na atual Bélgica, tendo sido alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula ‘Transiturus’, em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios.

Na origem, a solenidade constituía uma resposta a heresias que colocavam em causa a presença real de Cristo na Eucaristia, tendo-se afirmado também como o coroamento de um movimento de devoção ao Santíssimo Sacramento; terá chegado a Portugal provavelmente nos finais do século XIII e tomou a denominação de Festa de Corpo de Deus.

LFS

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