Conversas originais: «Queremos terminar o ano todos juntos» – Agrupamento de Escolas Luís de Camões (c/vídeo)

Diretora Rosa Ralo diz que escolas estão preparadas para responder ao atual contexto

Lisboa, 28 set 2020 (Ecclesia) – A diretora do agrupamento de Escolas Luís de Camões, em Lisboa, afirmou o objetivo de toda a preparação e cuidado com as regras de segurança manifestando a intenção de “iniciar e terminar o ano” com toda a comunidade académica junta.

“Pedimos cuidado aos alunos para as suas relações e no seu espaço. Queremos terminar o ano todos juntos. É isso que todos queremos”, disse Rosa Ralo à Agência ECCLESIA, fazendo coincidir a intenção com o tema do projeto educativo para o ano letivo: «Hoje juntos para amanhã».

A responsável dá conta de uma comunicada preocupada com o regresso mas focada no trabalho do estabelecimento de ensino.

“A escola está preparada para responder. Os encarregados de educação têm de colocar as suas dúvidas e parece-me que há, de um modo geral, uma maior sensibilidade ao que é a escola e o seu trabalho. É certo que todos queremos mais e melhor mas talvez acrescentar o mais e melhor para o bem comum, porque se for só para mim não estou a cuidar da sociedade. Contamos no final do ano falar convosco e dizer que fomos uma escola de sucesso”, manifestou.

Carla Silva, responsável pelos assistentes operacionais do agrupamento de escolas Luís de Camões, em Lisboa, diz à Agência ECCLESIA que a escola se concretiza com o barulho das crianças e que os próprios alunos tiveram saudades.

“É muito bom. A escola só faz sentido com barulho de crianças. Escola não é escola sem crianças. A escola é feliz com miúdos. Entre eles, percebe-se as saudades que tinham. Eles não se apercebiam o quanto gostavam da escola”, explica a funcionária Carla Silva.

Encarregada dos assistentes operacionais há cerca de três anos, mas com experiência há mais de 10 anos, Carla Silva dá conta que o trabalho da sua equipa vai ser “mais exigente este ano”.

“Há mais regras. É um trabalho mais exigente para os assistentes operacionais. Temos noção que vamos falhar mas as falhas vão-se compondo, com ajuda de todos. Os alunos ajudam e estão muito bem dispostos para começar”, explica.

Filipe Machado, a frequentar o 9º ano, conhece os espaços desde o 5º ano e, por isso, regressa com saudade a um local onde cresceu.

“No início era uma nostalgia, não vinha cá há muito tempo. Mas não é muito diferente. Há amigos que não se habituaram à mascara, mas usam na mesma”, explica o futuro engenheiro informático.

Maria Leonor, a estudar no 9º ano, manifesta a preocupação com o atual ano letivo.

“Chegar e não abraçar, não cumprimentar, ter cuidado com a distância, andar em fila indiana, usar máscara que não ajuda nada durante o dia todo… Mas estivemos muito tempo dentro de casa. Espero que o que marque o meu ano sejam as minhas notas”, afirma.

A diretora Rosa Ralo dá conta de um desejo, generalizado, de regressar à escola, um espaço “que é de todos”.

“Passar nas turmas, conversar com os alunos e perceber que todos estavam desejosos de voltar. A escola é o espaço dos alunos, é nosso, é vosso, é da sociedade e eles percebem o quanto a escola tem lugar na sua formação”, explica.

A reportagem do arranque do ano letivo na Escola Luís de Camões, em Lisboa, está no centro das «Conversas Originais – das palavras à ação», de hoje, transmitidas e publicadas online, às 17h00, e do programa Ecclesia, na rádio Antena 1, pelas 22h45.

LS

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