«Conversas do Silêncio»: «As pessoas têm muitas questões e querem um alívio imediato» – Márcia Cunha (c/vídeo)

Psicoterapeuta Márcia Cunha conta a realidade de um «grupo coeso» com ligação à Igreja

Lisboa, 12 nov 2020 (Ecclesia) – A psicoterapeuta e psicóloga Márcia Cunha, que coordena o grupo de acompanhamento ao luto “Amparo”, da paróquia de Portimão, na Diocese do Algarve, disse à Agência ECCLESIA que as “pessoas trazem muitas questões e procuram conforto”. 

“Há pessoas que vêm com muitas questões, lembro-me de alguém que ao vir ao grupo achava que ia ter um alívio imediato, mas não há essa solução, é um processo de adaptação à falta daquela pessoa”, refere.

A psicoterapeuta fala do grupo, em “que os mais assíduos”, um “grupo coeso” tem ligação à Igreja e a presença do sacerdote nas reuniões era uma mais valia. 

“O padre Frederico, o nosso pároco que agora está em missão, acompanhava as nossas reuniões, e gostávamos de iniciar a reunião fazer uma pequena oração, depois outra final para irmos com paz e isso é engraçado mesmo nos dias em que o padre não estava fazíamos sempre”, conta.

Márcia Cunha fala ainda das leituras que se faziam “sobre a morte e depois da morte”, o que no fundo era “uma esperança que não foi um adeus para sempre”.

“E isso encontra-se em várias leituras da Bíblia e isso ajuda”, acrescenta.

No grupo “Amparo” todas as pessoas são bem-vindas, sejam ou não crentes, há sempre uma vertente ligada à religião”.

“Há duas coisas que podem acontecer, as pessoas afastam-se da Igreja porque se sentem revoltadas, porque não compreendem porque estão a passar por aquilo, sentem injustiça ou revolta, por outro lado há pessoas que andavam afastadas e se aproximam, tentam ir à procura de respostas, de uma paz”, explica.

No mês de novembro a Agência ECCLESIA apresenta as ‘Conversas do Silêncio’, publicadas online pelas 17h00 e emitidas no programa Ecclesia, na Antena 1 da rádio pública, pelas 22h45, de segunda a sexta-feira.

SN

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