«Conversas aGosto»: D. José Bettencourt, um diplomata do Vaticano com marca portuguesa (c/vídeo)

Núncio apostólico na Geórgia e Arménia fala do seu percurso como emigrante e sacerdote

Lisboa, 24 ago 2020 (Ecclesia) – D. José Bettencourt, nascido nos Açores, é atualmente o único português a exercer a missão de embaixador da Santa Sé, núncio apostólico, representando o Papa Francisco na Geórgia e Arménia.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o responsável católico fala do seu percurso como emigrante e sacerdote, que começou cedo: ainda criança, mudou-se para o Canadá, país que acolheu a sua família em 1965, quando tinha 3 anos de idade.

A mudança aconteceu depois da erupção do vulcão dos Capelinhos, em 1958, e do sismo de São Jorge, em 1964.

“Entrei muito na realidade canadiana e sentia-me parte dela, não imaginava as voltas que a vida ia dar”, assinala o arcebispo.

O entrevistado cresceu numa família de católicos praticantes, mas só aos 26 anos decidiu ir para o seminário: “Eu não cresci a pensar em ser padre, isso veio mais tarde”.

Depois de dois anos como pároco, no Canadá, foi enviado para a Academia Eclesiástica, em Roma, para a formação diplomática, que o levaria até ao Congo-Kinshasa, em plena Guerra Civil, “tempos muito turbulentos”, regressando ao Vaticano três anos depois.

“Procurei sempre abraçar o serviço que me foi dado com todo o coração”, refere D. José Bettencourt, que procura ver “tudo com uma lente de serviço”.

O antigo chefe do protocolo da Santa Sé passou férias na cidade de Otava e falou com a ECCLESIA desde a Igreja do Senhor Santo Cristo, construída pela comunidade açoriana local, há cerca de 30 anos.

“É uma comunidade bastante viva”, com participantes de todo o Portugal, já com várias gerações de lusodescendentes, explica.

D. José Bettencourt é o convidado de hoje no programa Ecclesia, na Antena 1 da rádio pública, pelas 22h45, e nas «Conversas aGOSTO», publicadas online de segunda a sexta-feira, a partir das 17h00.

OC

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