Contra o recrutamento de crianças-soldado

Cinquenta e oito países comprometeram-se ontem, em Paris, a adoptar uma série de medidas para impedir o recrutamento de crianças-soldados. “Pela primeira vez, os países comprometem-se oficialmente a aplicar e respeitar esses princípios, para impedir o recrutamento das crianças em conflitos armados”, declarou o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Philippe Douste-Blazy, no encerramento de uma conferência internacional de dois dias, dedicada à questão. Os chamados “Princípios de Paris” exigem dos países signatários um “combate à impunidade, além de investigação e perseguição efectiva, das pessoas que recrutam menores de 18 anos em grupos ou Forças Armadas”. As estimativas apontam a existência de 250 mil crianças-soldados, de ambos os sexos, nos conflitos armados em todo o mundo. Na Colômbia, por exemplo, seriam quase três mil, segundo o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), mas admite-se que o número real seja superior a 10 mil. Estes menores são transformados em máquinas de guerra treinadas para matar sem piedade, muitas vezes em frentes de guerra esquecidas que ensanguentam mais de 40 países.

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