Construção da Paz anima jovens

Jovens Cristãos de Coimbra reflectem sobre a sua presença na Igreja e na sociedade Mais uma vez um grupo informal de cristãos e o Centro Juvenil de S. José propõem aos jovens de Coimbra um encontro de partilha, reflexão e oração sobre a Paz. Este ano a o tema proposto é a presença dos Jovens na Igreja. O programa inicia-se no serão de Sexta-feira, dia 3 de Novembro, no salão paroquial de S. José, com uma mesa redonda, destinada sobretudo aos que trabalham com os mais novos (animadores, formadores, catequistas) e aos jovens comprometidos na Igreja. “Jovem cristãos, da frustração à esperança”. Presentes a Irmã Margarida Ribeirinho, responsável nacional pelas vocações das congregações religiosas femininas; o Padre Pedro Santos, que é o mais novo da diocese de Coimbra, e um casal de cristãos comprometidos. A grande questão em debate é a presença e o papel dos jovens da Igreja no século XXI, quarenta anos após o concílio Vaticano II. “Há problemas entre a Igreja e a juventude, quais são? Há sinais de esperança, entre a Igreja e a juventude, quais são? Como fazer o caminho? Que realizar? Que importa e o que é mais essencial? O que seremos capazes de realizar, hoje, com os limites e capacidades actuais?” são as questões enunciadas no documento preparatório. O programa prossegue no serão com um tempo de oração meditativa, à volta da cruz, uma ideia de oração que os promotores foram buscar aos cristãos do oriente, por intremédio da comunidade de Taizé. “A proposta é que cada um tire um tempo ao serão para reflectir em silêncio, junto ao Cristo crucificado, sobre a sua própria presença na Igreja” referem os organizadores “ permanecendo em contemplação ou regressando a casa. No sábado é a vez das paróquias. A partir do meio-dia cinco paróquias da Cidade – Sé Velha, S. José, Santo António, Santa Cruz e S. Martinho do Bispo – recebem os jovens participantes, vindos de outras paróquias e de fora de Coimbra, para lhes darem a conhecer a respectiva realidade e projectos e reflectirem em pequenos grupos sobre os caminhos e problemas comuns “vivemos paredes meias e conhecemo-nos tão mal” referem os organizadores “quem sabe se, perante desafios comuns, a experiência de uma paróquia pode ajudar outras a ultrapassar a mesma dificuldade?” “ em S. Martinho há uma experiência inovadora na catequese de infância, S. José tem há muitos anos uma forma especial de fazer catequese de adolescentes… será que conhecemos verdadeiramente essas experiências?” A Sé Velha centraliza o programa da segunda metade da tarde e da noite. Workshps diversos, uns destinados a jovens dos 12 aos 15 anos, outros tendo como publico alvo jovens universitários ou animadores são propostos (ver caixa) Os organizadores contam com várias colaborações de estruturas e grupos que trabalham com jovens “Achamos que é importante que quem faz trabalho válido se dê a conhecer, mas não gostaríamos de fazer uma feira dos grupos e movimentos. Antes levar os participantes a experimentar um pouco do trabalho que eles fazem”. Finalmente o encontro termina com uma vigília oração, celebrando a luz da ressurreição, em que os cânticos de Taizé predominarão. “é uma escolha lógica, pela simplicidade e universalidade que transportam. Hoje, em todo o mundo estas melodias simples são utilizadas em oração por milhares de jovens , em todas as línguas. São um sinal da dimensão universal da igreja, ultrapassando divisões nacionais, linguísticas e mesmo eclesiais, já que são usados quer no mundo católico, reformado ou ortodoxo”diz um dos promotores “também quisemos propor aos jovens uma outra forma de rezar em comum, pela Paz” O grupo promotor recusam contudo a ligação a qualquer organização ou movimento, “somos um grupo informal de cristãos, – a igreja está se calhar demasiado cheia de formalidades – com compromissos diversos na igreja, unidos no essencial que é Jesus Cristo, e que pretendem valorizar ainda o compromisso nas comunidades paroquiais, o coração da Igreja” referem. Por isso o encontro não prevê uma celebração eucarística comum, mas o convite à participação na missa dominical das paróquias de acolhimento, no dia 5 “é nas paróquias que os jovens fazem a sua formação na fé, recebem os sacramentos e que devem encontrar o seu espaço de compromisso. Mas é importante que estas lhes abram espaços de participação…” A participação no encontro é livre, mas a organização pede para todos passarem pelo acolhimento, que funcionará em Stª. Justa a partir das 10 da manhã de Sábado, 4. Os quer vierem de fora e avisarem previamente poderão ser acolhidos em famílias ou em espaços colectivos, desde que tragam colchão e saco-cama. As refeições serão partilhadas, excepto o jantar de sábado, fornecido pela organização. O encontro é auto-financiado. “Esperamos que os participantes saiam enriquecidos com a experiência, animados a descobrir o seu lugar na Igreja.” Algumas propostas de continuidade sairão do encontro, em forma de carta, compilando o essencial da partilha efectuada nos três dias. “esperamos que este encontro se transforme numa iniciativa regular, organizada pelos jovens das paróquias da cidade “ terminam os organizadores ”não queremos ficar proprietários deste projecto, antes partilhá-lo, mas sem o institucionalizar, para que permaneça aberto, simples e livre, ajudando os cristãos a serem construtores da paz”.

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