Sensibilizar as crianças para o problema das armas ilegais. Foi esse o objectivo da “festa” promovida pela Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), no último sábado. “Desarmar os corações” foi o lema para apresentações de crianças e para crianças, transmitindo às novas gerações uma cultura da não-violência. Para José Magalhães, esta acção é um exemplo das que importa desenvolver em ordem a uma sociedade livre de armas. “Apostar em valores que cultivam a resolução dos problemas através do diálogo, da compreensão dos outros e desincentivar o culto da violência, sobretudo a ilusão mágica de que ter arma numa na mão concede qualquer poder taumatúrgico de impor ao outro a nossa vontade ou de produzir dano”. Porque se trata de um trabalho de transformação de consciências, o Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna valorizou o protocolo estabelecido com a CNJP, por ser uma instituição capaz de, agindo em rede, chegar a um grande número de pessoas em contactos pessoais. A 8 de Novembro de 2005 a CNJP iniciou uma audição pública “Por uma sociedade segura e livre de armas”, que lhe possibilitou conhecer o problema das armas ilegais em Portugal (em constante estudo no Observatório que criou na Comissão). O protocolo com o governo, para além de trabalho de sensibilização, visa promover a entrega voluntária de armas ilegais, que o novo enquadramento legal permite até ao dia 24 de Dezembro. Ao Programa ECCLESIA, Manuela Silva repetiu o apelo às pessoas que têm armas, nomeadamente em situação de ilegalidade: “que se desembaracem das armas”. Em conferência de imprensa, no próximo dia 8 de Novembro, a CNJP apresentará um caderno sobre armas ilegais.