Comunhão eclesial como sinal para a sociedade

V Simpósio do Clero decorre em Fátima Reunidos desde o dia 5, os participantes no V Simpósio do Clero sob o tema “O Presbitério em Comunhão. Ao Serviço da Comunhão Eclesial” manifestam a preocupação de gerar o diálogo e partilha entre os sacerdotes. D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal e Arcebispo de Braga, a participar desta reunião, afirma à Agência ECCLESIA que os desafios que se colocam aos sacerdotes são tanto internos como externos à própria Igreja. “Não podemos separar as duas vertentes. O sacerdote é um homem que responde ao apelo de Deus mas não esquecemos que somos para o mundo e temos que ser servos porque fomos enviados para salvar este mundo. O nosso ministério é para estar no mundo edificando o Reino de Deus” afirma salientando a necessidade de estabelecer pontes entre todos, daí a importância do Simpósio. “Tanto sacerdote como a Igreja se confrontam com interpelações e desafios e em conjunto, partindo das experiências pessoais, geramos comunhão e traçamos caminhos” afirma. A busca de comunhão entre todo o clero é o objectivo da participação neste V Simpósio, do pároco Francisco Amorim, do concelho do Cadaval. Ordenado há quatro anos, é a primeira vez participa. “Se não participarmos nem estivermos presentes nestas acções que a Igreja proporciona, é difícil conseguirmo-nos actualizar. Não basta ler os livros e pôr em prática. É importante partilhar este ambiente e analisar temáticas, mesmo que não sejam novas, pois estamos à frente de uma comunidade e é necessário apontar caminhos às pessoas” refere. António Ferreira, pároco de Ferreirinhos, na diocese de Lamego, também participa pela primeira vez. “O tema levou-me a participar. A comunhão que existe na família trinitária, deve passar também para todos, criados à imagem e semelhança de Deus” afirma. E aponta que se Deus que é comunhão, e sinal de família é assim que devemos viver também. Partilhando as diferenças mas unidos na fé”. Outro participante, ordenado há quatro anos, estuda actualmente em Roma para segiur em missão para Angola. Não quis, no entanto deixar de participar neste Simpósio porque afiram “também Deus escolheu doze para gerar comunhão e esta deve ser sinal para a sociedade”. E afirma a importância desta reunião, sobretudo “no mundo em que vivemos que é demasiado dispersivo” e reflectir concretamente neste tema da comunhão eclesial “é fundamental para reflectir em conjunto a realidade que nos toca, pensar estratégias e pontos comuns para uma maior integração no projecto que a Igreja nos propõe” afirma. A própria realidade exige que os sacerdotes estejam atentos e vão ao encontro das necessidades concretas da paróquia, da diocese e do país. “O grande desafio para todos nós é trabalhar em conjunto” salienta. A estender-se até à próxima sexta feira, dia 8, o Simpósio enfrenta o desafio da multiculturalidade apontando também para a comunhão entre as diferenças. Nas palavras de D. Jorge Ortiga “numa sociedade dos tempos que correm, muitas vezes conflituosa, com fundamentalismos, com guerras, terrorismo, é um dever e obrigação da Igreja mostrar que a comunhão é a harmonia das diferenças” salientando o dever de estabelecer relacionamentos com as pessoas que pensam de forma diferente fazendo pontes, e dando tempo para ouvir e acolher.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top