Movimento Católico de Estudantes assume necessidade de mudança

O Movimento Católico de Estudantes (MCE) reuniu, na semana passada, para a primeira parte do seu XXVII Conselho Nacional, tendo definido as Orientações para o período 2006-2010. Já no próximo ano, “o principal desafio é consolidar o trabalho das equipas-base, valorizando, assim, o sentido da nossa militância”, explica à Agência ECCLESIA Nuno Pereira, o ainda coordenador nacional. A segunda parte deste Conselho do MCE decorrerá em Coimbra, no dia 30 de Setembro, e irá eleger novo Executivo Nacional 2006-07. O Movimento pretende simplificar as estruturas e reduzir o número de trabalhos e de actividades. “A iniciação e a formação serão áreas de uma especial atenção, respeitando as exigências que estas acarretam para o Movimento”, refere Nuno Pereira. O MCE (JEC/JUC) é um Movimento evangelizador do meio estudantil que privilegia o compromisso militante dos seus membros nas escolas. Assumindo uma fase delicada e de mudança, o Movimento pretende repensar a sua forma de estar, renovar-se, reinventar-se, perceber qual o seu papel na Igreja e na sociedade actual e quais as exigências que lhe são colocadas, nunca abdicando daquilo que é a sua matriz, a sua identidade, enquanto Movimento de Acção Católica”. “Consideramos que o principal e mais urgente problema para o MCE é o facto de as equipas existentes reunirem em situações difíceis, com poucos militantes, sem assistente e sem regularidade”, assinalam. Novos desafios O documento orientador para os próximos quatro anos aponta como motivo das dificuldades existentes “um reduzido número de militantes e equipas, suportados por estruturas diocesanas bastante frágeis e com militantes extremamente sobrecarregados pelo trabalho nacional e diocesano”. “Os militantes existentes no Sector do Ensino Superior (SES), são sobretudo aqueles que começaram a sua caminhada no Sector dos Ensinos Básico e Secundário (SEBS), ou seja, aqueles que de certa forma criaram um compromisso pessoal para com o MCE, mas que neste momento se encontram saturados pelas permanentes solicitações das estruturas”, admitem os responsáveis pelo movimento. A aposta no SEBS como “oportunidade para se fazer alargamento” e a inclusão de “momentos destinados à Iniciação e Formação nas dinâmicas diocesanas, ao longo do ano” são algumas das orientações para esta nova fase do MCE. Tornando-se indispensável a presença de um Assistente nas equipas, a procura de Assistentes leigos poderá tornar-se uma solução viável, “desde que enquadrada na especificidade do Movimento”. O plano para os próximos quatro anos valoriza, sobretudo, “a reunião de equipa como base crucial do que é o MCE”. No mesmo plano, optou-se por valorizar projectos de alargamento e iniciação consistentes, nos quais cada militante seja estimulado a participar activamente no projecto do Movimento. “Devemos, como Movimento, mostrar o que conseguimos fazer e que queremos trabalhar com a Igreja. Ao mesmo tempo, devemos questionar os responsáveis da Igreja se a evangelização do meio estudantil perdeu a importância que tinha inicialmente”, aponta o referido documento.

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