Com ou sem referendo, a vida deve ser celebrada

Celebração comunitária com bebés com o objectivo de celebrar a vida, teve lugar na Sé Catedral, em Leiria. Mais de 50 bebés acompanhados pelos pais estiveram presentes este ano numa festa que não foi inédita. “Aconteceu também no ano passado e é uma iniciativa a que queremos dar continuidade”, assegura o pároco Joaquim Baptista que rejeita qualquer ligação com a discussão pública e campanha sobre o aborto. “Não queremos politizar a questão da vida”, que deve ser acolhida e celebrada em todas as circunstâncias. “Não é apenas numa altura em que todos estão envolvidos na discussão que tomamos iniciativas, pois havendo ou não referendo, a vida é para ser celebrada”, afirma. Quando nasce uma criança a comunidade que a acolhe em primeiro lugar é a família, “os pais, neste caso. Mas em Igreja acreditamos que somos comunidade, com expressão na paróquia”, assegura o pároco Joaquim Baptista. Por isso, mesmo antes do baptismo “queremos acolher os bebes que vão nascendo, numa celebração de acção de graças para que as crianças cresçam num bom ambiente mas também manifestar que a comunidade paroquial tem responsabilidade, enquanto família cristã”. O Pe. Joaquim Baptista manifesta a falta de apreço aos casais que com generosidade acolhem um filho. “Quem não fica contagiado com a vinda de uma criança? haverá melhor motivo para fazer uma festa?”, questiona o pároco da matriz de Leiria. “É importante ter iniciativas que demonstrem que toda a comunidade dá valor a esta decisão da maternidade”, assegura pois “falta o sentimento de colectividade”. As pessoas vivem no seu mundo, num individualismo cada vez maior e há que criar espaço para iniciativas que contrariem esse isolamento, “tendência da sociedade pós moderna que faz crer que tudo é comunitário mas na realidade o individualismo é que impera”. A forma como as sociedades se vão organizando ajudam a desenvolver esta realidade, “a que não nos damos conta. E o espaço paroquial é ideal para ter estas iniciativas que envolvam as famílias”. Este é precisamente um projecto do pároco. “Se pudermos desenvolver outras iniciativas, vamos continuar, porque há uma fase antes da entrada das crianças na catequese e até começarem a participar nas celebrações eucarísticas, que não estimula a relação entre as crianças e a comunidade”. Por isso “outras iniciativas serão de esperar para as idades dos com três e quatro anos”, finaliza.

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