Amar a vida no Porto

A Casa Diocesana de Vilar acolheu, na tarde do dia 4, cerca de 850 leigos provindos das sete Regiões Pastorais numa expressão de fé e de espírito eclesial, tendo como tema central de formação “AMAR A VIDA”. Tratou-se de uma acção conjunta dos Secretariados Diocesanos da Pastoral Familiar e da Saúde, que pretendeu simbolizar e unificar o que foi a dinâmica laical “Positivamente Não”, que percorreu toda a Diocese nas 35 sessões de informação e esclarecimento sobre o que está em causa na pergunta do referendo, a partir de equipas constituídas por um moderador, um jurista e um médico. A dinâmica “Positivamente Não” apoiou-se no texto “Somos responsáveis por nós e pela família humana”, da Comissão diocesana Ética e Vida e no folheto “10 Semanas, 10 questões – Um exercício de amor”, que foi subscrito pelos dois principais Movimentos ou Associações dos dois Secretariados – CPM e Equipas de Nossa Senhora e Associação dos Médicos Católicos e Associação Católica dos Enfermeiros e Profissionais de Saúde. Passaram pelas sessões de formação do “Positivamente Não” alguns milhares de pessoas, com auditórios cujas presenças variaram entre 30 e 300 presenças. Não terá sido, decerto, o primeiro trabalho, assim tão envolvente e tão abrangente, mas foi sem dúvida, um trabalho importante, demonstrativo de que é possível fazer muito mais, melhor e mais vezes, se se unirem vontades e esforços capazes de dinamizar, desinstalar, provocar, desafiar, derrubar muros e barreiras que separam e ostracizam. Só assim seremos capazes duma verdadeira comunhão eclesial, onde tudo se põe a render, onde tudo se partilha e donde todos saem favorecidos. A dinâmica laical “Positivamente Não” levou a que nos empenhássemos todos numa causa comum. Demos, recebemos, enriquecemo-nos sem que nenhum Movimento ou Associação perdesse o seu carisma, a sua importância, o seu espaço. Pusemo-nos ao serviço, tão só. Foi bonito. É um exemplo. A comunhão é possível e os leigos mostraram-no de modo brilhante. A tarde de formação do domingo começou pela apresentação de três testemunhos profundamente cristãos e de amor à vida, que tocaram as almas e os corações e que evidenciaram, de modo tão sublime, a beleza da vida, o prazer de viver, o caminho da realização pessoal e de casal, a distinção entre o fundamental e o acessório, o saber relativizar, numa conclusão verdadeiramente evidente e lúcida que a vida é um bem precioso, um direito inviolável, um dom de Deus à sociedade, mesmo nas condições mais limitadas do viver humano. Ninguém tem o direito de subtrair a vida de alguém, vida que começa no momento da concepção. A Comissão Diocesana Ética e Vida, abordou as várias áreas e actores que estão implícitos na pergunta do referendo, tendo concluído que não é precisa a fé para se defender a vida. A vida é algo que está muito antes da fé. Há razões positivas do direito, da ética, da medicina, da biologia, da investigação, da sociologia que sustentam e defendem o direito à vida como primeiro valor a salvaguardar. Por isso apelaram ao voto “NÃO” no dia do referendo. D. João Miranda, Administrador Apostólico da Diocese, quis estar com os leigos, a tempo inteiro e encerrou a tarde de formação com a celebração eucarística. Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar Secretariado Diocesano da Pastoral da Saúde

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