Colégio da Trofa com nova propriedade

A festa era simples e homenageava as mães com pretexto do seu dia. Reuniam-se, a convite da direcção do Colégio da Trofa, numa refeição simples entidades daquele recente concelho, entre as quais o Presidente do Município, o vereador da Cultura, o Presidente da Associação local de escolas, o pároco, e outras entidades convidadas. Os alunos mais velhos eram também comensais. Foi notável a sua compostura e civismo, como pessoas adultas, e mesmo as mais pequenos que tocaram e cantaram sob a orientação da professora de música, demonstrando que a formação artística dos alunos é irmã maior do seu equilíbrio pessoal. A sessão não era de despedida, mas de sentido fraterno, que o Presidente bem realçou ao salientar elogiosamente a acção pedagógica que a instituição tem mantido. O Colégio da Trofa, chamado Externato de Nossa Senhora das Dores, pertença da Diocese do Porto, foi fundado por um sacerdote recentemente falecido, o P. António Albino Serra, e funcionou desde 1963 até 2003 sob a sua direcção. Depois foi entreghue aos cuidados do Director Justiniano Ferreira dos Santos, designado pelo Bispo D. Armindo Lopes Coelho. O evoluir das circunstâncias históricas, que implicavam a ampliação e renovação da suas actuais instalações, determinaram a sua aquisição á Diocese do Porto por parte de um consórcio formado por uma família empresarial local, a família Carrriço e pela direcção do conhecido Externato Ribadouro, com sede no Porto. Segundo nos foi manifestado por um dos novos proprietários, pretende-se com esta parceria manter a instituição em pleno funcionamento como instituição ao serviço da população local, e ampliar as suas valências com a introdução dos estudos do ensino secundário, já no próximo ano lectivo, tanto na área científica como humanística, o que implica importantes investimentos. A sua acção pedagógica do Director permitiu que o Externato se tenha valorizado e prestigiado, como pudemos constatar nas próprias palavras espontâneas de um dos novos proprietários, que manifestou a intenção de que permanecesse com a orientação pedagógica na nova modalidade. Justiniano Santos manifesta que, embora a tradição do ensino promovido a desenvolvido pela Igreja e pela Diocese ao longo do século XX tenha sido de uma inestimável acção pedagógica de formação para a juventude e seja uma boa e meritória tradição da Igreja, as novas prioridades pastorais da diocese, como a constituição de um Fundo Social Diocesano e o desenvolvimento de Escolas para dinamização pastoral, incluindo a perspectiva da Missão Diocesana que D. Manuel Clemente propôs recentemente levaram a este transferência para a sociedade local de uma empresa em que se pretende continuar a tradição do Colégio nestas últimas décadas, como nos foi manifestado por um dos novos proprietário, Alfredo Carriço. Esta parceria pretende assim reunir as condições e os meios necessários para continuar uma obra educativa com qualidade humanística, e segundo também ouvimos manifestar, na linha dos valores humanos e cristãos que o Colégio sempre propugnou. Procurou-se também que a transição seja feita por forma que os actuais alunos possam manter a sua tradição como membros da comunidade educativa, pelo que os encontros necessários com a Associação de Pais têm vindo a ser desenvolvidos em espírito de colaboração institucional. Esta colaboração inclui a manutenção dos postos de trabalho como ponto de honra entre os antigos e novos proprietários – o que também não deixa de ser um sinal positivo para a sociedade. Assim, o projecto educativo com as novas dimensões inicia-se já no início do próximo ano lectivo (2008-2009), sem rupturas, o que honrará certamente quer a tradição educativa quer os novos proprietários e a população local. Voz Portucalense manifesta aos novos responsáveis os votos das maiores felicidades, a bem da população local e nas melhores tradições antigas, que são sempre a melhor maneira de inovar. (CF).

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