O Cardeal George Pell, Arcebispo de Sidney, classificou como limpeza étnica a perseguição aos cristãos iraquianos, considerando que os mesmos vivem uma situação de «verdadeiro desastre». Citado pelo site ankawa.com, o Cardeal considera que «os cristãos estão a sofrer uma campanha terrorista sistemática, que tem como objectivo expulsá-los do Iraque, onde moram desde a chegada dos muçulmanos». «As forças da ordem são incapazes e, muitas vezes, pouco propensas» a defender os cristãos, atira. D. George Pell, que irá acolher vários jovens iraquianos na próxima Jornada Mundial da Juventude, elenca uma série de actos de violência para comprovar a sua teoria: «o rapto e morte de D. Rahho, Arcebispo de Mossul, uma cidade fora do controlo do governo e ocupado pelos sunitas; o assassinato de sacerdotes ortodoxos e católicos, como o caldeu Ragheed Ganni; igrejas destruídas; cristãos obrigados a pagar o imposto de protecção ou obrigados a deixar tudo e fugir». Para o Cardeal australiano é claro que «terroristas ou simples criminosos estão a aterrorizar uma comunidade que não tem quem a proteja». «Os cristãos estão a fugir do Médio Oriente e isso é um exemplo de limpeza étnica», conclui. Recentemente, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) lançou uma campanha em favor dos cristãos no Médio Oriente, denunciando a «perseguição aberta» de que são alvo. O secretariado da organização católica no nosso país apela a todos os cristãos de Portugal para que «não se esqueçam dos seus irmãos do Médio Oriente e os apoiem com a sua oração e caridade». «Pedimos que reze connosco pela paz em todo o mundo, em especial por estes irmãos que sofrem no Médio Oriente pelo simples facto de serem fiéis seguidores de Cristo», assinala a AIS, que convida a adquirir ainda o livro do Rosário «A Oração da Paz», que será acompanhado por terço de Belém, fabricado em madeira de oliveira por cristãos da Terra Santa e benzido por Bento XVI. A Fundação lembra, em particular, a situação no Iraque, país em que os cristãos são vítimas de atentados, sequestros e pressão, por parte dos sunitas e dos xiitas, para que abandonem os seus lares. Também são alvo da cobrança ilegal do tradicional imposto que os governantes muçulmanos usurpavam aos seus súbditos não-muçulmanos. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre