Coimbra: D. Virgílio Antunes defende maior «relevância» para figura do Padre Américo

Conferência e Eucaristia assinalaram 65.º aniversário da morte do fundador da Obra de Rua

Coimbra, 17 jul 2021 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra disse hoje que a figura do Padre Américo, fundador da Obra de Rua, merece maior “relevância” na vida das comunidades católicas, falando no 65.º aniversário da morte do sacerdote português.

D. Virgílio Antunes participou na conferência que assinalou a data, no Seminário Maior de Coimbra, seguida da celebração da Eucaristia, a que presidiu.

O responsável católico evocou um homem “simples”, que se mostrou “uma obra-prima da ação da graça de Deus”.

Para o bispo de Coimbra, o Padre Américo é uma “uma figura ímpar” que deve inspirar as comunidades católicas e ganhar “uma relevância ainda maior”.

A intervenção, no final da conferência, assinalou o sentido “contemplativo e orante” e de “dedicação aos outros” do sacerdote, convidando todos a aprender com o “Pai Américo” a “forma apaixonada” de estar com Deus e com o próximo.

Já na celebração da Missa, D. Virgílio Antunes recordou que o fundador da Obra de Rua está a  caminho da “declaração da santidade”.

“É o que nos esperamos e é por essa intenção que nós rezamos”, assinalou.

O bispo de Coimbra evocou um homem que “deu a sua vida” pelos outros e não falou apenas pelos seus escritos, mas sobretudo através das suas obras.

A conferência que antecedeu a Missa esteve a cargo do padre José da Rocha Ramos, da Diocese do Porto, que falou sobre ‘Padre Américo – Místico do nosso tempo’.

Segundo o sacerdote, Américo Monteiro de Aguiar foi um homem de oração, que “não se prendeu ao seu tempo”, fugindo a um “devocionismo exagerado” para viver uma espiritualidade centrada em “Cristo ressuscitado”.

Segundo o autor, a humildade e a confiança foram “pilares” da vida de fé desta figura “fascinante”.

O Padre Américo institui a Obra da Rua em janeiro de 1940, com a fundação da primeira Casa do Gaiato; o sacerdote nasceu em Galegos, Penafiel, a 23 de outubro de 1887, e faleceu no Hospital de Santo António, Porto, a 16 de julho de 1956, na sequência de um acidente de viação, tendo sido sepultado na Capela da Casa do Gaiato de Paço de Sousa, Penafiel.

A 12 de dezembro de 2019, o Papa Francisco aprovou a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heroicas” do Padre Américo, um passo central no processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade.

OC

Igreja/Portugal: Dioceses lembram exemplo e vida do «Pai Américo», no 65.º aniversário da sua morte (c/vídeo)

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Agência ECCLESIA

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