Coimbra: Comunidade Emanuel realiza assembleia nacional

«Evangelizar como? E porquê» é o tema do encontro que conta com 250 inscritos

Lisboa, 12 Fev (Ecclesia) – A Comunidade Emanuel, integrada na Igreja Católica, espera a presença de 250 pessoas na assembleia nacional dedicada ao tema “Evangelizar como? E porquê”, que se realiza hoje e amanhã em Coimbra.

O título escolhido pretende sublinhar que a “evangelização é a missão número um da Comunidade Emanuel”, explicou à Agência ECCLESIA a responsável pela instituição em Portugal, Maria Helena Amorim.

O encontro, aberto a todas as pessoas, incluindo as que não pertencem à comunidade, arranca às 9h30 com uma oração, seguindo-se a saudação de acolhimento e o primeiro ensinamento – “Evangelizar? Porquê?”.

Na abertura dos trabalhos, Jean-Luc Moens, membro do Conselho Pontifício Cor Unum, afirmou que “Portugal pode contribuir muito para a evangelização da Europa”.

“Portugal não se pode esquecer das suas raízes cristãs, mas sobretudo da história de Fátima, que serviu para salvar o mundo”, disse ao «Correio de Coimbra».

 

Antes do almoço celebra-se a missa e durante a tarde decorre a intervenção intitulada “Evangelizar? Como?”, que antecede a formação de grupos temáticos dedicados à evangelização em vários sectores da sociedade, como a família e o mundo laboral.

O jantar é precedido de um tempo de oração, enquanto que para a noite está agendado o “Serão da Misericórdia”, com apresentação de testemunhos.

O segundo dia da assembleia da Comunidade Emanuel – nome que significa ‘Deus connosco – começa com uma oração, prosseguindo com o ensinamento “Santa Teresinha, padroeira das missões”.

Ao meio-dia, o bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, preside à missa, e depois do almoço decorre uma sessão de perguntas e respostas que contempla a apresentação de algumas missões de evangelização realizadas pela comunidade.

Maria Helena Amorim espera que a assembleia “dê um novo fôlego de evangelização” à comunidade, que em Portugal conta com cerca de 100 pessoas, entre as quais três padres, dois na diocese de Coimbra e um no patriarcado de Lisboa.

Estabelecida no país “de forma mais ou menos oficial” em 1992, a comunidade acolhe também cinco consagradas – algumas já firmaram o compromisso definitivo, enquanto que outras se encontram em processo de discernimento.

Os membros, maioritariamente leigos, reúnem-se em Lisboa, Coimbra e Fátima, dedicando-se especialmente à evangelização e formação de jovens, casais e adultos.

Recentemente terminou em Lisboa uma “Escola de Casais ‘Ela e Ele’” promovida pela comunidade, que também organiza “Cursos Alpha”, dirigidos a pessoas que, segundo Maria Helena Amorim, “estão um pouco arredadas da Igreja” ou que pretendem aprofundar os vínculos com ela.

O Papa recebeu a 3 de Fevereiro uma comitiva internacional da Comunidade Emanuel, que também está envolvida na fundação da Fidesco, entidade que recruta, forma e envia voluntários para países do hemisfério Sul.

Na ocasião, Bento XVI pediu aos delegados para prestarem “atenção às pessoas que regressam à Igreja e que não beneficiaram de uma catequese profunda”.

Criada em Paris no ano de 1972, a comunidade está a assinalar o 20.º aniversário da morte do seu fundador, Pierre Goursat, cuja causa de beatificação – quando a Igreja Católica propõe uma pessoa como modelo de vida e intercessor junto de Deus – abriu em 2010.

De acordo com o seu site, a Comunidade Emanuel conta com mais de oito mil membros, estando presente em 57 países através de casais, solteiros, padres, seminaristas e leigos consagrados no celibato.

RM/MC/OC

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