Coimbra: Boletim inter-paroquial «Comunidades a Caminho» comemorou centésima edição

As comunidades cristãs de Abrunheira, Carapinheira, Ereira, Montemor-o-Velho, Reveles, Verride e Vila Nova da Barca, na diocese de Coimbra, estiveram em festa no dia 7 de Dezembro, comemoração a centésima edição do boletim inter-paroquial «Comunidades a Caminho», após 10 anos de publicação.

O momento foi celebrado por colaboradores, centenas de leitores e entidades convidadas, no Pavilhão Multiusos da Carapinheira.

Durante a sua intervenção, o bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, aludiu ao papel “da comunicação social de inspiração cristã” na vida das pessoas.

“O «Comunidades a Caminho» – disse – não é apenas papel, mas um meio de ligação entre as paróquias, transmitindo a caridade, a fraternidade, a fé e a maneira como as comunidades vivem os valores cristãos”.

O prelado salientou que “a Igreja entende comunicação enquanto meios e processos segundo a missão de Cristo, o verdadeiro Comunicador da vida de Deus”.

“A missão da Igreja é comunicação de vida, proximidade de Deus com as pessoas, das pessoas com Deus e das pessoas entre si”, observou D. Albino Cleto.

Para o bispo diocesano, “comunicar é transmitir a vida, a comunhão e a fé pela palavra oral e escrita, juntamente com o testemunho de vida”.

“Alegro-me por existir este jornal que está vivo”, que “transmite a bíblia e a vida como vem no Evangelho, de paróquia para paróquia”, sublinhou o prelado,

“Deus – acrescentou – inspira os jornalistas a transmitirem a vida, a questionar a verdade”.

O programa da efeméride começou com a vídeo-conferência sobre “a comunicação em meios locais”, com o jornalista da SIC, Pedro Coelho.

Numa conversa descontraída, o convidado salientou “a importância do jornalismo de proximidade”, frisando que “enquanto agentes informativos devemos contribuir para questionar as situações que se passam à nossa volta”.

“Essa mesma proximidade às pessoas e à comunidade, em termos de independência jornalística, cria, ao mesmo tempo, um constrangimento perturbador”, sendo, por isso, necessário procurar manter “um distanciamento crítico, ideológico e económico”, destacou Pedro Coelho.

O jornalista, que também é professor universitário, manifestou o desejo de que “haja mais ligação entre as universidades e os jornais locais”, porque “há muito sangue novo, com novos horizontes e com vontade de trabalhar”.

Depois de um período dedicado “à conversa com a audiência”, o conferencista procurou responder, “de acordo com a sua experiência jornalística”, a questões que lhes foram colocadas por elementos da assistência.

As comemorações prosseguiram com a apresentação do historial do boletim.

“A ideia de criar o «Comunidades a Caminho» teve como objectivo divulgar as iniciativas que se iam desenvolvendo em cada comunidade, dando-as a conhecer às demais comunidades; pretendeu, assim, criar um maior espírito de comunhão e contribuir para a formação humana e cristã dos membros das nossas comunidades”, explicou o representante dos 20 colaboradores deste órgão de informação.

Aquele responsável afirmou que “é neste propósito que a equipa do «Comunidades a Caminho» pretende continuar a colaborar num projecto aliciante, de comunhão, de partilha, de informação e formação”.

“Esta equipa reitera um sincero agradecimento aos leitores, às instituições e associações do concelho e a todos aqueles que, por várias formas, apoiam a publicação”, sustentou.

A intervenção terminou com “o repto a todos os de boa vontade no sentido de tornar o «Comunidades a Caminho» num jornal local/regional de inspiração cristã, de informação generalista, orientado por critérios de rigor e seriedade ao serviço das comunidades cristãs”, porque julgamos ser oportuno “sonhar mais alto”.

O presidente do Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais, Pe. Armando Duarte, afirmou que “numa altura em que algumas comunidades vivem cada vez mais fechadas em si mesmas, a comunicação social local/regional assume um papel fundamental”.

“Conhecemos tudo o que se passa de norte a sul do país e pelo mundo fora, mas quantas vezes a maioria dos leitores não sabe o que se passa na sua aldeia, na paróquia, no concelho”, referiu o sacerdote.

O responsável pelas comunicações sociais da diocese recordou que “cabe à comunicação social regional esse papel de dar visibilidade à comunidade, formar e informar”.

“A Igreja é comunicação e a comunhão é fruto da comunicação”, asseverou o Pe. Armando Duarte, que concluiu as suas palavras com votos de “profícuo trabalho ao «Comunidades a Caminho»”.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Luís Leal, enalteceu o trabalho desenvolvido pela publicação “como veículo de comunicação, informação e formação”.

O edil, que manifestou a vontade de que “a celebração da edição de 100 números possa ser repetida muitas vezes”, deixou palavras de agradecimento e estímulo aos párocos António e José Luís, por “contribuírem para o desenvolvimento das suas comunidades”.

Seguiu-se a entrega de lembranças aos convidados e a visita à exposição que mostrou a retrospectiva do boletim desde o seu início. A cerimónia terminou com os “parabéns a você”, a partilha do bolo comemorativo e o beberete de convívio.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top