CNIS: instituições devem estar menos dependentes do Estado

Padre Lino Maia confia no diálogo «fácil e construtivo» com o titular da pasta da Solidariedade e da Segurança social

Lisboa, 18 jun 2011 (Ecclesia) – O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), padre Lino Maia, defende que as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) caminhem “para uma via de autosustentação”.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o responsável realça que, “cada vez mais, as instituições terão se suportar as suas despesas e estarem menos dependentes do Estado”.

O conselho geral da CNIS esteve reunido esta sexta-feira, em Fátima, para analisar a atual “conjuntura de crise e as possíveis intervenções” das instituições que pertencem à CNIS.

Ao nível das preocupações, o responsável confessou que encontrou “em todos os dirigentes uma vontade de colaborar e operacionalizar um plano de emergência social que está estruturado”

Com esse plano – “não obriga à criação de nenhum órgão nem despesa nenhuma” – pretende-se aproveitar a “proximidade das instituições na resposta às situações”.

Os responsáveis verificaram também que as instituições poderão ser elementos “muito importantes na reativação da atividade económica nas zonas mais deprimidas” – realçou o padre Lino Maia e deu um exemplo: “rentabilização de equipamentos abandonados”.

Apesar de “nunca totalmente independentes”, visto que o Estado “também tem responsabilidades”, as instituições devem caminhar para a “cooperação e explorar a via da contratualização” porque “há serviços que o Estado reconhece como importantes e que podem ser confiados às IPSS”.

Neste contexto, o padre Lino Maia sublinhou que as IPSS “estão disponíveis para a celebração de contratos programa”.

Depois de conhecidos os ministros desta legislatura, o responsável da CNIS confessou que era “suspeito” em falar sobre o titular da pasta da Solidariedade e da Segurança social, Pedro Mota Soares, visto que tem “uma relação muito boa” com ele.

Em relação ao futuro, o presidente da CNIS está “convencido que o diálogo será muito fácil e construtivo” com o titular da pasta em causa.

“Confiar e colaborar” são duas palavras que se “adaptam ao momento atual” – referiu e deixou um conselho: só se sairá desta crise se existir uma envolvência coletiva apoiada no diálogo e na cooperação”.

LFS

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