APEC espera uma “atitude de diálogo bem diferente” com o Ministério da Educação

E contestou as atitudes de «dirigismo unilateral e totalitário» do anterior executivo.

Lisboa, 18 jun 2011 (Ecclesia) – O presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), padre Querubim Silva, espera “uma atitude de diálogo bem diferente” dos novos elementos do Ministério da Educação.

A Associação Portuguesa de Escolas Católicas realizou esta sexta-feira uma assembleia-geral, em Fátima, onde avaliou o ano de trabalho e projetou o próximo.

Os membros desta reunião estiveram a refletir sobre “a situação vivida, nos últimos meses, pelo ensino particular e cooperativo, sobretudo as escolas com contrato de associação e, também, as perspetivas das escolas com contrato simples” – disse à Agência ECCLESIA o padre Querubim Silva.

Ao analisar as medidas tomados pelo Ministério da Educação na anterior legislatura, o presidente da APEC sublinhou que “as alterações curriculares causam eventuais despedimentos e, portanto deixam as pessoas em situação complicada”.

Ficou também decidido que será constituído um “grupo de negociação” para conversar com os novos elementos do Ministério da Educação.

Como o novo ministro da educação, Nuno Crato, terá a seu cargo o Ministério da Educação e do Ensino Superior, o responsável da APEC aguarda “a nomeação de um secretário de estado” porque “as conversações, habitualmente, são com o secretário de estado”.

Numa entrevista concedida à Agência ECCLESIA, em fevereiro último, o futuro ministro da educação dizia que o “Ministério da Educação deveria quase que ser implodido, devia desaparecer, devia-se criar uma coisa muito mais simples, que não tivesse a Educação como pertença mas tivesse a Educação como missão, uma missão reguladora muito genérica e que sobretudo promovesse a avaliação do que se está a passar”.

O padre Querubim Silva conhecia a afirmação do futuro ministro e completou: “que se caminhe para uma autonomia quanto maior, melhor, cabendo ao Estado o poder regulador”.

O Estado deve ser suporte e “não tomar atitudes dirigismo unilateral e totalitário” – lamentou.

Para o presidente da APEC, o Ministério da Educação devia sofrer alterações porque “há mananciais infindos de recursos financeiros que morrem em assessorias” e completa: “O trabalho pedagógico com os alunos é fundamental”.

Apologista de uma “educação com qualidade”, o padre Querubim Silva condenou os “gastos monstruosos que se continua a fazer com o parque escolar”.

LFS

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