Chiara Lubich lembrada em Portugal e no mundo

Estão a decorrer um pouco por todo o mundo as celebrações para recordar Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, falecida a 14 de Março de 2008. No Centro Mariápolis de Castelgandolfo (Roma) estiveram reunidas 3000 pessoas entre as quais os primeiros e primeiras focolarinas, companheiros de Chiara nos inícios do Movimento, desde 1943. Durante o programa foi apresentada uma entrevista onde o cardeal Stanislaw Dziwisz, secretário de João Paulo II, disse que o Papa reconheceu em Chiara a capacidade de “ler os sinais dos tempos”. O cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, fez uma confidência dizendo que “invoca a sua ajuda sobretudo nas circunstâncias actuais, tão dramáticas para a vida da Igreja e para a vida do mundo”. Portugal Em Portugal, no dia 15 de Março, estiveram reunidas mais de 1600 pessoas, entre as quais muitos jovens, no centro Paulo VI em Fátima. A jornada teve como programa uma celebração eucarística, que foi presidida pelo Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal, que conheceu os Focolares nos primeiros anos em que este Movimento chegou a Portugal. Ao longo do dia foi recordada a história de Chiara, desde as suas primeiras intuições de Deus-Amor, durante a II Guerra Mundial, a descoberta de um Ideal que não desmorona, a sua vocação – nova para aquela altura – a rápida difusão do Movimento, até ao momento actual, com concretizações em todos os âmbitos da vida humana. No dia 18 realizou-se uma Sessão de Homenagem na Universidade Católica em Lisboa, com a presença do Embaixador de Itália em Lisboa, Luca del Balzo di Presenzano, do vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa, Pe. Peter Stilwell, Teresa Venda, deputada independente, a Manuela Silva, economista, e D. Joaquim Mendes, Bispo Auxiliar de Lisboa. A sessão foi aberta com as boas-vindas do anfitrião que mencionou o facto da Universidade Católica Portuguesa ter chegado a ponderar a atribuição de um Doutoramento honoris causa em antropologia a Chiara Lubich mas que, devido à sua doença, o processo não foi ultimado. Depois de uma breve apresentação da história de Chiara feita pelo Embaixador da Itália, Pedro Vaz Patto, Juiz de Direito, moderador da Mesa, apresentou em traços largos todo o desenvolvimento do Movimento por ela iniciado, até aos dias de hoje. Em destaque foram apresentados os projectos “Por uma Economia de Comunhão”, por Manuela Silva, e o “Movimento Político para a Unidade”, por Teresa Venda. Referindo-se a Chiara, Manuela Silva considerou-a “profeta do momento presente”, pela actualidade que o projecto “Por uma Economia de Comunhão” apresenta para a crise da sociedade actual. Pelo seu lado, Teresa Venda percorreu os passos que o Movimento Político para a Unidade tem dado no mundo e de modo especial aqui em Portugal, confessando que, desde o início, ela tinha considerado a proposta de Chiara de introduzir a fraternidade como categoria política, “uma verdadeira utopia”. Agora, depois de alguns anos da sua realização e desenvolvimento, considera-o como “uma maravilhosa utopia”. O Bispo auxiliar de Lisboa, D. Joaquim Mendes, associou-se “em nome pessoal e do senhor Cardeal-Patriarca, a esta homenagem a Chiara Lubich, no 1.º aniversário do seu falecimento”. “A Obra de Maria, o Movimento dos Focolares é realmente um dom singular do Senhor à Igreja, através de Chiara, a quem recordamos com afecto e gratidão e por quem damos graças ao Senhor. Ela vive na comunhão dos santos e quer continuar viva em todos aqueles e aquelas que, a seu exemplo, seguem a Cristo e vivem o Evangelho, de forma silenciosa e humilde como ela, continuando a acender e a difundir o amor de Deus no mundo”, apontou. Foi lançado o novo livro da Editora Cidade Nova: “Uma nova Cultura para uma Sociedade nova”, que contém os textos de 10 dos 16 Doutoramentos honoris causa atribuídos a Chiara por universidades de várias partes do mundo.

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