101 Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos termina em clima de comunhão, respeito e desejo de trabalho conjunto As Igrejas cristãs estiveram unidas em oração ao longo desta semana, 18 a 25 de Janeiro. Há 101 anos que cristãos rezam pela unidade, pelo respeito e aproximação, reconhecendo que todas as religiões têm a mesma origem e fundamento. João Fontes que, juntamente com o Pe. Tony Neves, representa a Igreja Católica no Grupo Ecuménico Jovem da diocese de Lisboa, destaca à Agência ECCLESIA, a caminho do final da Semana de Oração pela Unidades dos Cristão, a centralidade do ecumenismo. “O primeiro passo é reconhecermo-nos mutuamente para, posteriormente, percebermos o que podemos fazer em conjunto”. “A unidade não se baseia nos nossos esforços, mas ela é um dom que devemos ser capazes de acolher”, sublinha. Neste Ano Paulino, proclamado por Bento XVI, é fundamental perceber “a grande lição ecuménica que Paulo nos deu”. “Ele percebeu o essencial entre o mundo judaico e católico e construiu uma ponte, abrindo a Igreja aos pagãos”, aponta João Luís Fontes. Herdeiros do desafio paulino, centenas de jovens aceitaram o convite de participar na Vigília ecuménica Jovem, que a igreja do Campo Grande, em Lisboa, acolher na noite de Sexta-feira. A Vigília ecuménica foi inspirada num texto do profeta Ezequiel, que recorda a divisão do reino. No início da vigília, a assembleia foi dividida por uma fita, quebrada no momento da paz, símbolo de que “as barreiras podem ser quebradas pois, sendo pessoas distintas, é na cruz que reconhecemos a nossa unidade”, explica João Fontes. Também durante a celebração cada jovem escreveu o seu nome numa madeira e colocou-o junto à cruz. No final da celebração, foi confiado a cada participante um pedaço de madeira com um nome escrito “e foi estabelecido o compromisso de rezar pela pessoa cujo nome estava inscrito na madeira”. O representante da Igreja católica afirma que de ano para ano, a vigília é cada vez mais concorrida. “Os jovens aderem muito bem. O resultado foi a presença de centenas de jovens com um espírito muito sintonizado na oração”. Esta foi uma das muitas actividades que de Norte a Sul do país quiseram exprimir o espírito ecuménico. O grupo ecuménico de Lisboa aposta “num conhecimento mútuo”, e em iniciativas ao longo do ano assentes, sobretudo, na semana de oração pela unidade dos cristãos. Mas outras actividades são propostas como “sinal de reconciliação”. O grupo desenvolve um campo de trabalho ecuménico no Telhal, com os Irmãos São João de Deus. Ao longo dos anos várias têm sido também as peregrinações à comunidade ecuménica de Taizé. “Para estas peregrinações convidados jovens de várias Igrejas cristãs para participarem”.