Celebração Inter-Religiosa marca caminho para construir a paz

Operação 10 milhões de estrelas prepara manifestação pública para dia 16 Pelo terceiro ano a Caritas Diocesana de Setúbal organiza uma Celebração Inter-Religiosa. A par da reflexão sobre a paz e os seus pressupostos “acreditamos que as religiões são todas elas construtoras de paz” sublinha à Agência ECCLESIA, Madalena Reverendo, da direcção da Caritas de Setúbal. E esta celebração é exemplo que todas as religiões anseiam construir a paz e integrando na Operação 10 milhões de estrelas – um gesto pela paz – 2006, “somos todos capazes de juntar e rezar ao mesmo Pai comum”, afirma Madalena Reverendo, vendo mais o “que nos une do que nos separa”. Foi num ambiente muito intenso de oração que seis confissões diferentes se juntaram no Externato Frei Luís de Sousa, em Almada – a Igreja Presbiteriana, a comunidade islâmica de Palmela, a comunidade Ismaelita, a Fé Bahá’í, a Igreja Ortodoxa Romena e os católicos. “Não impomos nada a ninguém. Queremos antes construir em conjunto os momentos de oração”, por isso este ano, pediram às religiões que “rezássemos todos juntos, mas da forma como habitualmente cada religião reza”, explica Madalena Reverendo. Assim, escolheram como símbolo desta comunhão a água. Cada religião, depois de fazer a sua oração na presença de todos e “todos participaram porque havia uma explicação”, levavam numa pequena bilha de água onde vertiam numa grande tina. No final, toda essa água junta “proveniente da oração de cada um”, foi aspergida com um ramo de oliveira por toda a assembleia num sinal de purificação e de oração colectiva. Cânticos acompanharam toda a celebração. Numa segunda parte, estava prevista a saída de todos pelas ruas “para proclamar a fé no exterior” o que impediu. No entanto “todos os participantes se reuniram no átrio, acendemos as velas e rezámos o manifesto pela paz que tínhamos construído o ano passado”, relembra Madalena Reverendo, afirmando que foi uma celebração muito intensa. Madalena lamenta apenas que o número reduzido de participantes, pois “se falamos tanto que o mundo não está em paz, que as famílias não estão em paz e depois não nos juntamos para rezar”, lamenta. A Operação 10 milhões de estrelas vai também nesse sentido. Não basta comprar a vela. O acender a vela na noite de Natal devia significar antes o “esforço de cada um. Notamos uma fraca adesão nas pessoas quando se pedem gestos concretos de construção de paz” sublinha. Para o dia 16, numa manifestação pública a Caritas está a organizar uma festa de luz e som, “porque queremos que seja para além de um momento de celebração, uma festa também, que chame a atenção para o Natal”. Em Palmela, no dia 16, vai ter lugar uma figuração com adultos e crianças, poemas e música com corais infantis, num momento celebrativo e “de caminhada para o noite de Natal”. “Não queremos fazer desta operação uma manifestação periférica, mas antes chamar a atenção para o âmago do Natal. O primeiro passo foi a conversa sobre a paz à mesa do café, depois rezámos pela paz. No dia 16 queremos celebrar a paz até ao compromisso de acender a vela na noite de Natal”, explica Madalena Reverendo. Também Braga se mobiliza para a “Operação 10 milhões de estrelas – um gesto pela paz – 2006”. A Cáritas de Braga distribuiu a 99 crianças de famílias desfavorecidas vários presentes, iniciativa inserida na Operação 10 milhões de estrelas. A distribuição de prendas decorreu durante uma festa animada com contos e músicas natalícias, que teve lugar no Seminário de Santiago. O momento alto deste evento, também em Braga está previsto para o dia 16 de Dezembro, na manifestação pública, com “Um gesto pela paz”. A tarde é preenchida com “Ecos de paz”, expressados através da elaboração de um mural da paz, onde serão inscritos compromissos por uma sociedade mais justa, e uma exposição fotográfica alusiva à campanha ”Dez milhões de estrelas de 2005”. Estão também programados ateliês da paz, destinados a crianças e que têm como objectivo central a transmissão de lições para todos os dias. Às 20h30, é celebrada uma eucaristia, presidida pelo Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga.

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