Catequista não é um mero «falador» das coisas divinas

Alertou D. Jorge Ortiga no Dia Arquidiocesano do Catequista

O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, alertou que um catequista que não revista a sua vida com a Palavra de Deus transforma-se num mero “falador” das coisas divinas.

Falando para mais de três mil catequistas reunidos em assembleia no Santuário do Sameiro (11 de Setembro) para assinalarem o “Dia Arquidiocesano do Catequista”, o prelado referiu que o considerava como um dia de «exame de consciência» e desafiou a que todos o entendessem também assim. D. Jorge Ortiga disse aos presentes, reunidos na cripta do Sameiro, que se pode constatar que «a catequese hoje é fruto de um esforço colectivo de várias pessoas e organismos, onde pedagogia, doutrina e testemunho de vida se colocam lado a lado na formação cristã e humana de tantas crianças e jovens».

Situando-se na exigência do momento actual da Igreja, o Arcebispo de Braga referiu «olhar para o futuro com esperança, na consciência de que há sempre novos caminhos e métodos que se abrem e outros que se fecham».

Por outro lado, o responsável da diocese salientou da necessidade de se «tomar consciência de que ser catequista é, em primeiro lugar, uma vocação». «É um dom que nos é dado, que crescerá na medida em que cada um se deixar moldar pelo chamamento de Deus, na fidelidade a Cristo e à Igreja», acrescentou.

D. Jorge Ortiga questionou como se poderá pedir às crianças e adolescentes que participam na vida da Igreja, na comunidade crente, que sejam discípulas de Jesus, se os próprios catequistas se fecham à novidade e às propostas que são oferecidas. «O testemunho diário de cada um gerará discípulos convictos da sua missão no mundo e na Igreja», acrescentou.

Recordou também aos catequistas que a Arquidiocese terá como linha pastoral o tema: “Viver (d)a Palavra.” «São dois desafios que se nos colocam: viver a Palavra de Deus e viver da Palavra, fazendo da nossa vida, quer seja catequista, padre ou leigo, a casa ou o templo onde o Verbo habita e orienta a nossa missão», explicou o prelado. E logo questionou se a Palavra de Deus será apenas «mais uma teoria a contar às crianças».

O Arcebispo de Braga disse estar convencido que a vida e a experiência cristã do catequista na comunidade, prepara homens e mulheres para viverem segundo Jesus Cristo.

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