Catequese: Jornadas Nacionais online chegam ao fim com desafios às famílias

«É preciso ajudar os pais a admirar os filhos» – Teresa Ribeiro Tomé

Foto: educris.com

Lisboa, 26 out 2020 (Ecclesia) – O Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) encerrou este domingo as jornadas anuais dedicadas à Catequese, pela primeira vez em versão online, com desafios às famílias para a participação na formação da fé.

A psiquiatra Teresa Ribeiro Tomé, conferencista do evento, sublinhou que existe uma “grande similaridade” entre o grupo de catequese e as famílias.

Durante a iniciativa dedicada ao tema ‘Catequese e família’, a especialista realçou também que estas realidades têm como motor “o amor e a intimidade”.

A psiquiatra sustentou que “os catequistas se esforçam para trazer novidades, a tentar que tudo corra bem e que os catequizandos se sintam bem” e isso encontra “similaridade no contexto familiar”.

Numa conferência subordinada ao tema ‘As Dinâmicas Familiares num grupo humano de amor, intimidade, apoio e partilha’, Teresa Ribeiro Tomé sublinhou que “é preciso discernir bem os valores evangélicos e perceber quais os valores daqueles que vem ter connosco de modo a que se possam estabelecer pontes de diálogo com base na dignidade humana”, disse, numa conferência divulgada pelo portal do SNEC, ‘Educris’.

O padre Manuel Queirós, especialista da Diocese de Vila Real, abordou na sua intervenção “o grande desafio da Igreja passa pela formação de cristãos com uma fé adulta”.

O sacerdote analisou o novo Diretório para a Catequese e apontou a “catequese familiar e intergeracional”, com meios naturais para a transmissão da fé.

Na apresentação do tema ‘A família no Diretório para a Catequese: implicações’, o padre Manuel Queirós apresentou o “contexto social diferenciado” entre o documento da Santa Sé escrito há mais de 20 anos e o que “acabou de ser aprovado em março passado”, mais centrado na “cultura digital e na globalização da cultura”.

Foto: Catequese/Patriarcado de Lisboa

Para o responsável, estes dois fenómenos marcam uma “alteração antropológica” e levam “a Igreja a estar preocupada com o rosto misericordioso de Deus”.

Por sua vez, Helena Presas, que falou sobre a transmissão da fé, realçou que os avós também “atualizam com os netos” e a troca de experiências é “fundamental”.

“Mesmo com os desafios de agora, as pessoas não deixaram de ter valores”, frisou a convidada.

Com o tema ‘A nossa família educa para a fé’, Sónia Neves, jornalista da Agência ECCLESIA, acedeu ao convite de, em tom pessoal e testemunhal, contar como a sua “família educa para a fé”, destacando o Batismo como porta de entrada para a fé.

O caminho da família foi definido como “um desafio para a sociedade, um problema para amigos que não partilham da mesma fé mas uma oportunidade” que entendem ser como caminho de felicidade.

Em relação aos filhos, de 7 e 3 anos, Sónia Neves falou da “responsabilidade e parcerias” necessárias para a educação na fé e a partilha terminou ainda com um momento de oração que integrou três gerações da família.

O tema deste ano ‘Catequese e Família’, aprofundou a reflexão realizada nas modalidades de Catequese Familiar que o Secretariado Nacional da Educação Cristã tem “promovido e para as quais elaborou um conjunto de materiais que cobrem todo o itinerário da infância” e que a situação de confinamento convida a aprofundar”.

LFS/OC

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