Catequese: Bispo do Algarve explicou que «quanto mais a Igreja for ministerial, mais missionária será, mais sinodal será»

Dia Diocesano do Catequista incentivou agentes pastorais a serem construtores de comunidade

Faro, 26 jan 2023 (Ecclesia) – O bispo do Algarve pediu aos catequistas que cada um seja “discípulo e construtor de uma comunidade sinodal, missionária e ministerial”, a quase 200 educadores no Dia Diocesano do Catequista, que decorreu na Paróquia de Altura.

“Os dons, os serviços, os carismas, existem não para nos conceder um suplemento de dignidade, mas uma particular habilitação para o serviço. Quanto mais a Igreja for ministerial, mais missionária será, mais sinodal será”, disse D. Manuel Quintas, informa o jornal ‘Folha do Domingo’.

O bispo do Algarve explicou que uma Igreja sinodal implica “pôr a comunidade a caminhar, envolvida na catequese” e que uma “comunidade profética” é a que vive do batismo, salientando a importância de “uma comunidade ministerial” referiu que não “desvalorizar o ministério ordenado”, nem “supervalorizar os ministérios que brotam do batismo”.

‘Catequista: discípulo e construtor de comunidade’ foi o tema do Dia Diocesano do Catequista, promovido pelo Setor da Catequese da Infância e Adolescência do Algarve, que mobilizou de 200 agentes pastorais, no sábado, no salão da Paróquia de Altura.

“Que este encontro possa dar-nos o impulso renovado naquela que é a nossa missão como catequistas nesta nossa Igreja diocesana”, disse o bispo do Algarve.

Neste Dia Diocesano do Catequista 2023, uma manhã “não só de partilha e formação, mas de espiritualidade”, destacou o diretor do Secretariado da Catequese do Algarve, foram homenageados os educadores que “celebram ou celebraram 25 anos de serviço”, e foram entregues os diplomas aos agentes pastorais que realizaram a última formação ‘Ser Catequista’.

“Também é muito motivo de alegria e de ação de graças o vosso serviço silencioso, abnegado, tantas vezes difícil, que prestais às nossas comunidades”, disse D. Manuel Quintas, que agradeceu ao diretor do Secretariado da Catequese da Diocese do Algarve, padre Pedro Manuel, e à coordenadora do Setor Diocesano da Catequese da Infância e Adolescência, irmã Arminda Faustino.

O padre Pedro Manuel salientou que esta distinção de catequistas com 25 anos ou mais anos serviu para “evidenciar e entusiasmar todos pelo testemunho daqueles que já são catequistas há algum tempo”.

Foto: Educris

Neste encontro, também foi a apresentada a reflexão ‘Catequista: discípulo e construtor de Comunidade’, pela diretora do Secretariado da Educação Cristã do Porto que desafiou a uma “catequese catecumenal, mistagógica e querigmática”.

“Temos de aprender a ser discípulos, quando o catequista é discípulo caminha com o mestre e pode ser testemunha da fé, guardião da memória de Deus, mestre e mistagogo, acompanhador e educador”, explicou Isabel Oliveira.

A especialista em catequética destacou que o “essencial” da comunicação de um catequista “não são as palavras”, mas “o ser” de cada um: “Dizemos coisas bonitas e não as levamos à prática. A catequese não pode ser só palavras bonitas, tem de encarnar o amor”.

“Construo comunidade quando estou em comunhão, o catequista cria comunidade a nível nacional, diocesano, paroquial, com o pároco, com a equipa de coordenação de catequese. Só quando estamos em comunhão entre todos é que vemos bem o caminho”, disse Isabel Oliveira.

O diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), Fernando Moita, também esteve no Dia Diocesano do Catequista do Algarve e explicou ao jornal ‘Folha do Domingo’ que pretendem com o novo ‘Itinerário de iniciação à vida cristã das crianças e dos adolescentes com as famílias’ que a catequese não se faça em função das celebrações e dos sacramentos mas que essas etapas façam parte do “processo catequético de adesão a Jesus Cristo”.

CB

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