Na eventualidade de mais chuvadas, o presidente José Manuel Barbeito pede às populações para que «mantenham a calma e sigam orientações das autoridades»
Depois de na Quinta-feira, dia 21, a Madeira ter sido afectada pela quarta vez este ano por problemas causados pelas chuvas, a Cáritas do Funchal está a intensificar esforços no sentido de apoiar as populações e minorar os efeitos de novas intempéries que possam surgir.
De acordo com o presidente da instituição, José Manuel Barbeito, o plano de emergência que está a ser elaborado prevê “a criação de equipas, já utilizando os conhecimentos adquiridos com as cheias de Fevereiro, para facilitar toda a qualquer intervenção que seja necessária fazer, de uma forma mais rápida e eficaz”.
Como resultado do mau tempo, verificaram-se várias inundações, sobretudo na Baixa do Funchal, afectando casas, estabelecimentos comerciais e escolas, levando ao encerramento de várias estradas. Pelo menos 3 famílias ficaram desalojadas, devido aos estragos causados pelas águas.
José Manuel Barbeito adianta à Agência ECCLESIA que “essas 10 pessoas já foram realojadas pelos serviços camarários e da segurança social”, acrescentando que a Cáritas do Funchal “não recebeu, até agora, outros pedidos de ajuda”.
Na memória de todos os madeirenses está ainda bem presente a catástrofe de 20 de Fevereiro, em que chuvas e cheias provocaram 44 mortos, cinco desaparecidos, 600 desalojados e prejuízos avaliados em mais de 1000 milhões de euros.
Nesta altura do ano e tendo em conta que “a natureza tem as suas condições inevitáveis e imprevistas”, o presidente da Cáritas do Funchal considera que o importante agora, para além de realizar as medidas preventivas possíveis, “é que as pessoas mantenham a calma e sigam as orientações das autoridades”.
As previsões meteorológicas para os próximos dias são mais animadoras, para o Arquipélago da Madeira, tendo o aviso de mau tempo em vigor passado de laranja para amarelo.