Partilhar actividades e traçar em conjunto o caminho caritativo a desenvolver na Guarda juntou no passado dia 29, os organismos que dão corpo a esta dimensão, num encontro diocesano de Cáritas. Autonomamente os organismos já desenvolvem nas suas paróquias os seus planos. “Desta partilha sairá o plano diocesano para a caridade”, define à Agência ECCLESIA, Paulo Neves, secretário da Cáritas da Guarda. Os projectos partilhados decorrem da “autonomia e da continuidade do trabalho de ano pastorais anteriores”, adianta, mas ao longo do ano “muitas actividades são concretizadas em parceria, nomeadamente campanhas”. Por isso caminhar em sintonia é uma mais valia. As actividades que vão marcar a agenda da Guarda vão no sentido de “optimizar a relação privilegiada com as pessoas locais”, de forma a cada vez mais “trabalharmos em conjunto e a estender a rede caritativa aos locais onde ainda não está organizada”. O encontro contou com um momento de formação centrado na Exortação Apostólica “Sacramentum Caritatis” – Eucaristia, Sacramento da Caridade com o objectivo de interpelar sobre “a ligação profunda entre os sacramentos e a vida”. A dimensão celebrativa este também presente, sendo descrita como um “momento alto uma vez que se projectaram iniciativas” e marcado também pela mudança de assistente religioso. O Pe José António Loureiro Pinheiro tomou posse, substituindo o Pe Américo Real Barroca, que assumia a assistência à Cáritas Diocesana da Guarda desde 1998. Paulo Neves sublinha que o plano diocesano deve surgir da “conciliação das propostas da Cáritas diocesana com os grupos que existem”. Pela primeira vez este encontro realiza-se no início do ano pastoral com o objectivo de elaborar um documento que retrate a realidade dos grupos da Cáritas diocesana “fazendo crescer noutras paróquias uma organização caritativa”. Outra dimensão, apesar de não específica do encontro mas abordada na reunião foi a relação externa, nomeadamente com a Cáritas de Salamanca, “a fim de continuar o caminho já iniciado” de cooperação para a dinamização e combate à desertificação da zona raiana. O projecto de estudo entre as duas Cáritas decorre – teve início em Junho. Técnicos da Guarda e de Salamanca debruçam-se “especificamente sobre a zona raiana”. De nome «Recursos Potenciais para a Criação de Emprego na zona transfronteiriça de Salamanca e Guarda», o estudo manifesta o grande objectivo de conhecer as “populações que fazem fronteira – as chamadas de primeira linha – e contrariar a desertificação e o envelhecimento da população com iniciativas estratégicas”. Conhecer melhor a realidade vai possibilitar “elaborar projectos estratégicos para contrariar a realidade que encontramos”, sublinha Paulo Neves. Sendo este um projecto diocesano com uma forte incidência na zona raiana, “afecta sobretudo as paróquias desses locais”. Mas o estabelecer relações próximas com as pessoas passa pelo relacionamento “com os párocos todos e suas comunidades concretizando os planos traçados”.