Cáritas alerta para o risco de fome em Moçambique

A confederação internacional da Cáritas lançou um alerta sobre o risco de a fome vir agravar ainda mais a situação das populações atingidas pelas cheias em Moçambique. Segundo a organização católica para a solidariedade e a ajuda humanitária, a crise poderá piorar significativamente dentro de duas a três semanas. Ludger Smolka, um dos responsáveis da Cáritas envolvido nas operações de ajuda, assegura que as necessidades básicas dos desalojados apenas poderão ser satisfeitas “nos próximos dias”. O Chefe de Estado de Moçambique, Armando Guebuza, afastou, para já, a possibilidade de o país vir a lançar um pedido de ajuda internacional a fim de fazer face às consequências das cheias no vale do Zambeze e à destruição causada pelo ciclone “Favio”, segundo a Agência Lusa. Guebuza fez esta segunda-feira um périplo por alguns dos locais mais afectados pelas cheias deste ano ao longo do rio Zambeze que, de acordo com as últimas estimativas, afectaram 163 mil e 45 pessoas, 107 mil e 534 das quais se encontram em 54 centros de acomodação temporária. Segundo a Cáritas, as reservas de alimentos já eram muito poucas antes da tragédia, devido à seca. O ciclone acabou por destruir o que tinha sobrado das explorações agrícolas. Ernesto Martinho, secretário-geral da Cáritas Moçambique, explica que as maiores necessidades são “alimentos, tendas, kits de cozinha e higiene, bem como redes mosquiteiras”. Face às proporções atingidas pelas cheias, a Cáritas Portuguesa já apelou os portugueses para que ajudem aqueles que, neste momento, estão a sofrer graves privações devido a este flagelo. Neste sentido, a Cáritas Portuguesa solicitou ao Ministério da Administração Interna a abertura da Conta “Cáritas Ajuda Moçambique”, com o NIB: 0033 0000 45328237159 05, onde poderão ser efectuados os donativos para as vítimas das cheias em Moçambique

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