Cáritas alerta para dramas do desemprego

Organização católica deixa mensagem para o Dia do Trabalhador

Lisboa, 30 abr 2013 (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa alertou para as consequências do desemprego no país, numa mensagem para o 1.º de Maio, lembrando as pessoas “atiradas” para o “beco da exclusão social” e as “periferias da participação cidadã”.

“Neste dia lembramos os direitos fundamentais dos trabalhadores, sendo que o primeiro é o acesso ao trabalho e à sua manutenção”, refere a organização católica para a solidariedade e a ação social, em mensagem enviada à Agência ECCLESIA.

De acordo com os números divulgados nesta terça-feira pelo Eurostat, a taxa de desemprego no mês de março em Portugal permaneceu nos 17,5%.

“Isto quer dizer que o acesso ao trabalho está a ser negado a muitos cidadãos que vêm assim as suas vidas atiradas para o beco da exclusão social”, assinala a Cáritas, recordando que esta taxa “nunca foi tão elevada como é hoje”.

A mensagem fala num “sentimento de medo” que condiciona os trabalhadores e os leva a “aceitar todas as regras e todas as imposições”.

“Não podemos permitir que isto aconteça. Não podemos permitir que ter um emprego, seja ele qual for e em que condições, se torne uma atitude de resignação”, sustenta a Cáritas.

A organização católica realça que a falta de emprego implica a perda de rendimentos financeiros e também de “estatuto social” numa sociedade que mede “o sucesso em função da capacidade de consumir e produzir riqueza”.

“Não é só a falta de trabalho que retira dignidade à vida, é a falta de horizontes e de perspetivas”, destaca a mensagem para o 1.º de Maio deste ano.

Segundo a Cáritas, muitos portugueses estão a enfrentar “situações que nunca esperariam viver ou ver viver de perto” e é necessário encontrar novas respostas.

“Não podemos esperar que os programas e planos de combate ao desemprego sejam hoje os mesmos que eram há 5 anos”, sublinham os responsáveis pela organização.

A Cáritas Portuguesa conclui a mensagem para o Dia do Trabalhador com uma manifestação de solidariedade “a todos os que estão sem trabalho ou o têm, mas não recebem salários”, assegurando a todos que não “cruzará os braços na procura de caminhos que levem Portugal a ser um país de maior justiça social”.

OC

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