Braga: Presépio ao Vivo de Priscos há 7 anos na inclusão social de reclusos

Paróquia já gastou mais de 200 mil euros neste projeto.

Foto de Hugo Delgado, Agência WAPA

Braga, 21 Out 2021 (Ecclesia) – O projeto “Mais Natal Priscos” da Paróquia de Priscos, (Braga), dá trabalho a reclusos do Estabelecimento Prisional daquela cidade há 7 anos, no âmbito de um protocolo assinado entre a paróquia e a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

“É a única paróquia de Portugal a realizar esta missão e já gastou “mais de 200 mil euros neste projeto”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

O Presépio ao Vivo de Priscos é uma “esperança, talvez mesmo um sonho que começou a realizar-se, na vida de muitos reclusos que são considerados não apenas pelo crime cometido, pelo qual estão a pagar com responsabilidade, mas também pela capacidade de fazer o bem”, acentua.

O trabalho para os reclusos “não pode ser uma obrigação, nem um privilégio, mas sim um direito”, aponta o padre João Torres, responsável pelo projeto «Mais Natal Priscos».

Permitir que reclusos antes do fim da sua pena passem algum tempo na comunidade é “um elemento vital para sua reintegração na sociedade”.

É necessário acreditar na “reabilitação dos reclusos, pois influenciará não apenas na melhoria do seu trabalho como também num comportamento positivo”.

Foto de Hugo Delgado, Agência WAPA.

Nesta linha de ação já passaram por Priscos, ao longo destes 7 anos “cerca de 40 reclusos”.

No Presépio ao Vivo de Priscos os reclusos cumprem um horário de trabalho entre as 08h30 e as 17h00, com intervalo de 60 minutos para almoço, e têm a remuneração mensal.

Uma parte do vencimento, cerca de metade, fica retida numa conta para que os reclusos possam fazer um pé-de-meia que lhes será devolvido quando saírem em liberdade.

A paróquia de São Tiago de Priscos tem manifestado, junto das autoridades competentes, “o desejo de continuar esta missão de ajudar reclusos a abandonarem o mundo do crime, para que não haja mais vítimas e tenham a possibilidade de seguirem as suas vidas com a dignidade humana possível”, conclui o padre João Torres.

LFS

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