D. Jorge Ortiga celebra com os sacerdotes da diocese e pede que o sacerdócio não seja visto como uma rotina
Braga, 21 abr 2011 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga pediu hoje aos sacerdotes da diocese que estejam atentos ao “grito dos mais débeis e desprotegidos”, num momento de dificuldade.
“Apesar do nevoeiro da história presente, é possível acreditar que o céu é possível e que as lágrimas podem desaparecer”, disse D. Jorge Ortiga, na homilia da Missa Crismal a que presidiu, na catedral minhota.
O prelado sublinhou que aos sacerdotes cabe “abrir o coração às feridas do mundo” e “lavar os pés repletos de chagas, espelho de tantos homens e mulheres de hoje”.
“Como o pelicano, deixaremos o nosso coração sangrar, sabendo que do nosso sangue alimentaremos muitas vidas, particularmente as mais destroçadas. As feridas da sociedade hodierna são um apelo à nossa fé”, prosseguiu.
Numa celebração dedicada aos sacerdotes, em particular, o arcebispo Jorge Ortiga afirmou que “Cristo não chama os discípulos por causa do seu estatuto nem muito menos para exercerem uma profissão”.
“Deixar-se tocar pelo seu coração que nos cativou e seduziu afasta qualquer tipo de motivação pervertida daquilo que é o sacerdócio em Cristo”, indicou o responsável, alertando contra “hábitos repetitivos e pouco entusiasmantes”.
O também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa acrescentou que “o mundo merece sacerdotes unidos e comprometidos na proposta dos valores evangélicos”.
“Cada um e o presbitério em comunhão, no caminho para a santidade, são a única Bíblia que as pessoas conseguem ler e compreender”, concluiu.
Na celebração, a primeira de quinta-feira Santa, teve lugar a renovação das promessas sacerdotais, feitas pelos padres presentes, no dia da sua ordenação, e a bênção dos óleos utilizados na celebração dos sacramentos do Batismo, Crisma, Ordem (ordenações de padres e bispos) e Unção dos Doentes.
OC