Braga: Novo arcebispo recebe pálio a 10 de julho

Núncio apostólico assinalou início do ministério de D. José Cordeiro e agradeceu serviço de D. Jorge Ortiga, durante mais de duas décadas

Foto: Agência ECCLESIA

Braga, 13 fev 2022 (Ecclesia) – O novo arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, vai receber o pálio, insígnia litúrgica de honra e jurisdição da Igreja Católica, a 10 de julho, anunciou hoje o núncio apostólico (embaixador da Santa Sé), D. Ivo Scapolo.

A faixa de lã branca, com seis cruzes negras de seda, é abençoada anualmente pelo Papa Francisco no Vaticano, a 29 de junho, no dia dos padroeiros de Roma, São Pedro e São Paulo.Em 2015, Francisco decidiu modificar a celebração de entrega dos pálios aos novos arcebispos metropolitas, deixando de impor esta insígnia no Vaticano, uma tarefa agora confiada aos núncios apostólicos.

A entrada solene de D. José Cordeiro na Arquidiocese de Braga aconteceu este sábado, tendo hoje presidido à Eucaristia que marca o início do seu ministério pastoral, na Catedral local.

 

O pálio é envergado pelos arcebispos metropolitas nas suas dioceses e nas da sua província eclesiástica.

Este sistema administrativo veio da divisão civil do Império Romano, depois da paz de Constantino (313); em Portugal há três províncias eclesiásticas: Braga, Lisboa e Évora.

D. Ivo Scapolo falou no início da Eucaristia deste domingo, saudando D. Jorge Ortiga, arcebispo emérito, pelo seu “intenso, rico e generoso serviço na condução desta histórica Sé primacial de Braga”.

“Dirijo-lhe, em nome do Papa Francisco, um especial agradecimento pela sua longa e intensa missão pastoral. Formulo também o desejo de que possa continuar a servir a Igreja da forma que o Senhor lhe indicar, especialmente mediante a oração”, acrescentou.

O representante diplomático da Santa Sé deixou um “especial agradecimento” a D. José Cordeiro, referindo que este “aceitou com disponibilidade e generosidade a nomeação de Pastor desta antiga e grande Arquidiocese, sabendo os múltiplos e importantes desafios que deverá enfrentar”.

D. Ivo Scapolo refletiu sobre o facto de o novo arcebispo ser também o metropolita da Província Eclesiástica de Braga.

“Faço, portanto, votos que seja, como os seus predecessores, um eficaz instrumento de comunhão afetiva e efetiva entre os bispos das oito dioceses sufragâneas, bem como com as dioceses espanholas da província eclesiástica de Santiago de Compostela, aqui dignamente representadas pelos seus bispos”, declarou.

O Papa aceitou no último dia 3 de dezembro a renúncia ao cargo de D. Jorge Ortiga, de 77 anos, nomeando como seu sucessor D. José Cordeiro, até então bispo de Bragança-Miranda.

O responsável foi ordenado padre a 16 de junho de 1991; até 1999 foi pároco, formador no seminário da diocese transmontana e capelão do Instituto Politécnico de Bragança, foi vice-reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, entre 2001 e 2005, ano em que foi nomeado reitor da instituição, onde se manteve até à sua nomeação para a Diocese de Bragança-Miranda, a 18 de julho 2011, pelo Papa Bento XVI; foi ordenado bispo a 2 de outubro do mesmo ano.

D. José Cordeiro tem armas episcopais renovadas, com elementos que são acrescentados com a elevação a arcebispo primaz.

“O galero (chapéu) verde passa a ter 30 borlas em vez das anteriores 12, e a Cruz passa a Arquiepiscopal – dupla. Como arcebispo metropolita, o brasão passa a contar também com o pálio por baixo”, explica uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

Sotoposto ao escudo, um listel de prata com o moto Ad Docendum Christi Mysteria (Para Mostrar os Mistérios de Cristo), em letras maiúsculas, de verde.

OC

Especial: Arcebispo de Braga inicia ministério pastoral com apelo à «proximidade fraterna» e atenção às franjas da sociedade (c/vídeo e fotos)

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