A mensagem de São Francisco de Assis não é do passado, antes, propõe que “avaliemos o presente em termos de compromisso e olhemos para o futuro com mais exigência”, sublinhou o Bispo do Funchal no encerramento do segundo encontro regional da Família Franciscana. O desafio, hoje, é “olhar para a frente e responder às necessidades da Igreja e das pessoas aqui, envolvendo todos em espírito de comunhão e de fraternidade, vivendo o Evangelho concreto, sem comodismos pessoais ou sociais, como São Francisco que não se agarrou à riqueza, mas à pobreza; olhou e amou a natureza, as pessoas que mais precisam de ajuda, porque amava o Senhor profundamente”, salientou Dom António Carrilho. A melhor maneira de viver o Evangelho, considerou ainda, é ter como modelo “São Francisco de Assis como uma parábola viva” que “aparece como o oposto a, porventura, certas situações que não queremos e que têm de ser ultrapassadas e vencidas, com um estilo novo”. Nestas circunstâncias, o tema do VIII centenário da fundação da Ordem Franciscana (OFM) – “Ousar viver o Evangelho”, é um apelo a que esta “ousadia” seja de facto uma realidade; talvez “não a realizaremos em absoluto, mas na medida em que nos dermos com generosidade tudo é possível”. Na concelebração eucarística presidida pelo Bispo do Funchal participaram os padres franciscanos: frei Nélio Mendonça (Superior da comunidade do Convento da Penha), frei Alexandre, frei António Vinhas, frei Victor Henriques e frei Acílio Mendes; e ainda o cónego Carlos Duarte. A assembleia era constituída por representantes de vários institutos religiosos, obras e fraternidades fraciscanas em geral, vindos de toda a nossa ilha. O segundo encontro regional da Família Franciscana ficou também assinalado com uma reflexão sobre o tema “Viver a regra do Evangelho”, por frei Victor Henriques (missionário na Guiné); a actuação do Orfeão Madeirense; e a inauguração de uma exposição fotobiográfica sobre frei Francisco Macedo que ficará patente ao público (em Santa Clara) até dia 28 deste mês.